Nos 48 anos de existência da BR-319, Dan Câmara crê que a rodovia tenha um legado a deixar

O Judiciário
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​O deputado Comandante Dan (Podemos) relembrou a inauguração oficial da BR-319, ocorrida há 48 anos, em 27 de março de 1976, com a presença do então presidente da República, general Ernesto Geisel. Para o parlamentar, essa data representa a luta pela integração da Amazônia e por melhores condições de infraestrutura logística para os povos da região. A rodovia federal, que liga Manaus a Porto Velho (RO), possui 885 quilômetros de extensão, sendo 820 no Amazonas e 64 em Rondônia. No entanto, após 12 anos de sua inauguração, a falta de manutenção a tornou praticamente intrafegável, a partir de 1988. “Embora acredite que ela possa ser um vetor de desenvolvimento em vários aspectos, atualmente ela é apenas um testemunho do abandono que muitas vezes é imposto ao povo da Amazônia”, declarou Dan Câmara. Em 2023, após a queda das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim, sem uma solução efetiva por meio do transporte de balsa ou construção de novas pontes, Câmara representou no Ministério Público Federal contra a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na tentativa de resolver a situação. “Não conseguimos nem mesmo levar o então superintendente à Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre essa tragédia. Precisamos tomar uma atitude mais drástica. Também realizamos diversas outras ações para tentar solucionar o impasse enfrentado pelos municípios afetados pela queda”, afirmou o parlamentar. Ele lembrou que o acidente resultou em cinco mortes e 14 feridos, e até hoje não foram apurados os responsáveis. Dan Câmara afirmou que começa a ver uma luz no fim do túnel. “Aos poucos, conseguimos superar a resistência e dialogar com os órgãos regionais do Governo Federal, que agora nos recebem e participam das audiências públicas que realizamos nos municípios de Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Manaquiri e Nova Olinda. A BR-319 não é apenas um “trecho do meio” ou apenas asfalto, há muitos desafios a serem superados, incluindo a questão da segurança e monitoramento, já que os rios da Amazônia estão infestados de piratas e traficantes. Não podemos permitir que a rodovia tenha o mesmo destino”, concluiu.  

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