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MPAM debate mortalidade materna e infantil no novo episódio do Papo Cidadão

Criado: Quarta, 29 Mai 2024 15:39

Mulheres que atuam ativamente na esfera da saúde e direitos femininos participaram do diálogo

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Para debater a importância do pré-natal para a redução da mortalidade materno-infantil e o impacto positivo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão (CAO-PDC), realizou, na manhã desta quarta-feira (29), mais uma edição do programa Papo Cidadão.

Com mediação da jornalista Giovanna Andrade, o bate-papo contou com as participações da promotora de Justiça Cláudia Maria Raposo da Câmara, titular da 54ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos e da Saúde Pública; da presidente da ONG Humaniza Coletivo Feminista, Marília Freire da Silva; e das médicas especialistas em Ginecologia, Débora de Melo Cardoso e Cristiane Azevedo Oliveira Pacheco.

Em sua fala, a promotora de Justiça Cláudia Maria Raposo da Câmara, titular da 54ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos e da Saúde Pública destacou como o MPAM atua ativamente na redução da mortalidade materno-infantil há mais de 25 anos, além de relatar um dos casos mais comoventes investigados.

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“O Amazonas está entre os estados que estão no topo do maior número de mortes maternas, o Ministério Público é sensível a isso, nós temos consciência disso, nós temos trabalhado para tentar reduzir esses índices. Na verdade, desde 1999 o Ministério Público atua no tema, foi instaurado o primeiro inquérito civil para investigar o atendimento pré-hiperinatal após uma grávida ter saído da antiga Santa Casa de Misericórdia, porque não tinha leito, ela foi a pé para o hospital Beneficente Portuguesa e acabou dando a luz no meio da rua”, relatou a promotora de Justiça.

Para a especialista Débora Cardoso, médica obstétrica, o maior índice de morte materna está associado a mulheres vulneráveis e de áreas rurais, com menos acesso ao atendimento pré-natal.

“Essa mortalidade está mais elevada principalmente nas mulheres nas áreas rurais e nas comunidades mais pobres. E quando a gente fala na área rural, a gente fala que existe uma dificuldade de acesso. Nosso estado, nosso estado do Amazonas, a gente verifica essa dificuldade de acesso ao sistema de saúde, principalmente as mulheres no interior e ao pré-natal de qualidade. Então a gente vê que essas mulheres não têm uma assistência adequada. E também em relação à questão socioeconômica”, explica a médica.

A transmissão se deu pelo canal do Ceaf no YouTube e pela TV Encontro das Águas (2.4), das 9h às 10h, no horário de Manaus e ficou a cargo do Centro de Mídias da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Cemeam/Seduc).

Para acompanhar o debate na íntegra, o episódio ficará disponível no canal do Ceaf no YouTube e pode ser visualizado por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=yMNOQh_AVZg

     

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