Economia criativa e moda amazônica ganham destaque no encerramento da Feira do Empreendedor Sebrae

Portal O Judiciário Redação

Com apoio do Governo do Estado, a iniciativa ganhou novo formato com atenção às indústrias e trabalhadores criativos

FOTO: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

O encerramento da Feira do Empreendedor Sebrae, no sábado (21/09), celebrou a economia da cultura, sobretudo a diversidade da moda autoral amazonense incentivada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. O ciclo de três dias de programação no Sesi Clube do Trabalhador, no Aleixo, movimentou mais de 200 expositores em torno do empreendedorismo nos mais diversos segmentos.

No Eixo Inclusão e Diversidade, uma roda de conversa reuniu o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, e estilistas amazonenses que potencializam as suas marcas no cenário nacional, Sioduhi, fundador da Sioduhi Studio e Wanglêys Manaó, da WanWan.

A conversa foi mediada pela idealizadora do Amazon Poranga Fashion, Jessilda Furtado e passeou pela atuação da Secretaria de Cultura, no terreno fértil da Economia Criativa, que gera oportunidades de trabalho e renda na capital e no interior do Estado. “A cultura tem vários valores, históricos, intangíveis, mas também tem o valor econômico para profissionais que vivem do fazer cultural para pagar as suas contas”, enfatiza o secretário de Cultura, Marcos Apolo, que acumula 40 anos de carreira no meio artístico, o que o motiva a exercer uma gestão de fortalecimento da cadeia produtiva da cultura.

“A secretaria de Cultura colocou um holofote sobre isso e trouxe para dentro a moda, o artesanato. Aqui no evento, temos a arquitetura, paisagismo, design, são segmentos que se integram direta ou indiretamente ao setor cultural”, destaca o secretário. Neste sentido, ele aponta as políticas públicas culturais do Governo Federal em benefício do Amazonas, como conquistas, citando a Lei Aldir Blanc 1, a Lei Paulo Gustavo e, atualmente, a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

“Os editais são amplamente discutidos com a sociedade, respeitando todas as cotas, então, dessa forma, conseguimos trabalhar a diversidade, a inclusão e fazer a busca ativa de artistas que nunca tiveram acesso ao recurso público nos seus projetos. Conseguimos tirar muitos do papel e colocá-los em prática”, afirma o secretário.

Moda amazônica em ascensão

Na esteira dos empreendedores criativos, Siodushi é um dos nomes que contribuem para que a moda ocupe o seu devido lugar no cenário global fashionista. Nascido no município de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), o estilista e diretor criativo acumula formações acadêmicas e há quatro anos se dedica de forma integral ao segmento da moda.

“A moda ainda é muito vista como uma forma de brincadeira, sendo que na moda circula a economia, ela paga pessoas, contrata serviços, isso tudo precisa ser sentido pelos empreendedores. É um trabalho de construção de muitas mãos que estamos fazendo agora e estar na Feira do Empreendedor estimula cada vez mais, não só a mim, enquanto empreendedor, design, mas também outras marcas do nosso Estado que possam se fortalecer”, avalia Siodushi.

FOTO: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Após a roda de conversa, o projeto Amazon Poranga Fashion levou cinco marcas autorais amazonenses para a passarela. Um desfile marcado pela moda indígena ao street style, com a utilização de tecidos sustentáveis, técnicas manuais, impressões em 3D entre outros diferenciais que se assemelham na essência da cultura regional.

Espaço Aqui Tem Cultura

Dando continuidade ao sucesso do estande da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, no último dia da Feira do Empreendedor Sebrae, três indústrias criativas expuseram seus produtos: Âmbar Prata de joias em prata; Peripécias Ateliê, que atua na variedade de encadernações, e Jarina Brand, moda autoral.

Outra ação que atraiu olhares e acumulou experiências foi o uso da tecnologia para uma visita ao Teatro Amazonas. Com o uso de óculos de realidade virtual, o público conheceu um pouco mais sobre a história e curiosidades do principal símbolo cultural e arquitetônico do Estado. A designer gráfica amapaense, Naili Dias, que nunca entrou no Teatro Amazonas, teve a oportunidade de visitar, ainda que virtualmente, a casa centenária. “Que experiência incrível, parecia que eu estava voando e participando de tudo. Aguçou ainda mais a curiosidade de conhecer de perto. A visita presencial agora é certa”, disse ela.

Nos três dias de feira, foram mais de 90 atendimentos pela equipe do Cadastro Estadual da Cultura, disponível no espaço. Consultas, esclarecimento de dúvidas, orientações e o pré-cadastro na plataforma foram oferecidos aos artistas e fazedores de cultura. O Cadastro da Cultura deve ser atualizado no Portal da Cultura (cultura.am.gov.br), onde também é possível encontrar os editais da PNAB, disponíveis para inscrição.

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