Prefeitura de Manaus orienta mães sobre amamentação no retorno ao trabalho

Dentro da campanha “Agosto Dourado”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de saúde (Semsa), reforça a importância do aleitamento materno para a saúde materno-infantil e orienta as usuárias lactantes sobre como manter a amamentação no retorno às atividades laborais.

A técnica do Núcleo de Atenção à saúde da Criança e do Adolescente da Semsa, Ivone Amazonas, relata que a sucção do bebê estimula a produção do leite materno, sendo essencial no início da amamentação. Após alguns meses, assinala a servidora, essa produção já se encontra estabelecida, mas ainda PODE ser afetada pela redução ou interrupção das mamadas, por ocasião do retorno ao trabalho.

Conforme Ivone, para evitar a redução na lactação, capaz de levar até a um desmame precoce, a orientação é que a mulher faça a retirada e armazenamento do leite. “Esse leite PODE ser guardado no congelador ou freezer, para mais tarde ser aquecido em banho-maria e dado ao bebê pelos cuidadores. E, na volta para casa, a mãe deve continuar amamentando no peito para manter a produção das glândulas mamárias”, ensina.

A técnica da Semsa recomenda às mães buscarem um dos serviços da Atenção Primária à saúde (APS) ou da REDE materno-infantil para saber como melhor proceder à extração do leite. “Basta que ela vá até uma unidade básica da REDE municipal, uma maternidade ou um banco de leite humano, que lá vai ser orientada como fazer essa retirada”.

Ivone recomenda atenção ao armazenamento do leite, que deve ser feito em frascos de vidro com tampa plástica. Os recipientes devem ser lavados com água e sabão, fervidos por 15 minutos e deixados para secar naturalmente, sendo guardados na geladeira até a utilização.

“O leite extraído dura até 15 dias no congelador e uma vez colocado em banho-maria para quebrar a frieza do leite não deve ser guardado novamente. Até três frascos são suficientes para ter guardado e alimentar o bebê no dia seguinte, não é necessário acumular ou manter um estoque grande”, informa.

A servidora lembra que a alimentação do bebê deve ser exclusiva com leite materno, até os seis meses de vida, seguindo até os dois anos ou mais, complementada com uma alimentação adequada e saudável, conforme recomendação da Organização Mundial de saúde (OMS).

“A introdução de outros alimentos aos seis meses é crucial, devendo incluir produtos não industrializados, como frutas frescas, verduras e legumes cozidos, além de arroz, feijão, carnes, em pequenas porções. Tudo sempre amassado com o garfo, para manter as fibras naturais”, assinala Ivone.

Direitos

As mulheres que amamentam contam ainda com direitos assegurados em lei para conciliar o aleitamento com o trabalho. Aí se inclui, entre outros, o direito à licença-maternidade de quatro meses, que PODE ser ampliada para seis meses a critério da empresa empregadora, e a duas pausas especiais, de meia hora cada, para amamentar durante a jornada de trabalho.

Ivone Amazonas relata ainda que as empresas que contam com mais de 30 mulheres empregadas acima de 16 anos devem dispor de um local adequado para que as mães deixem os filhos, seja uma creche própria ou conveniada, ou ofertar auxílio-creche.

A servidora destaca ainda o programa ‘Empresa Cidadã”, estratégia do governo federal para valorizar os empreendimentos que apoiam a amamentação das mães trabalhadoras. Para isso, eles devem dispor de sala de aleitamento, onde as mães possam amamentar os bebês ou extrair leite durante as pausas especiais, ofertar creche ou auxílio-creche, e conceder licença-maternidade de seis meses.

“Neste ano, três maternidades foram certificadas, a Moura Tapajóz, da REDE municipal, a Ana Braga e o Instituto da Mulher Dona Lindu, além da empresa GBR Componentes da Amazônia. É mais uma estratégia para manter a amamentação da mãe após a licença-maternidade”, conclui Ivone.

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Texto – Jony Clay Borges / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

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