‘Ilhática Amazônica’ propõe uma imersão poética e crítica no território amazônico, na Galeria do Largo

Exposição, que reúne mais de 50 artistas visuais do Amazonas, faz parte da programação de 20 anos da Galeria do Largo

FOTO: Divulgação/Secretaria de Estado de Cultura e economia criativa

Em comemoração aos 20 anos da Galeria do Largo, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e economia criativa, realiza a abertura da mostra “Ilhática Amazônica”, neste sábado (08/11), às 18h, com entrada gratuita. A exposição coletiva reúne mais de 50 artistas visuais do estado e propõe uma imersão poética e crítica no território amazônico, explorando suas múltiplas linguagens artísticas.

Com curadoria de Cristovão Coutinho e Virna Lisi, a mostra parte do conceito de “ilhaticidade”, termo que simboliza o isolamento geográfico e simbólico da Amazônia, para refletir sobre a potência criativa que nasce desse aparente distanciamento.

A curadoria propõe um diálogo entre o passado e o presente das artes visuais no Amazonas, destacando a mistura de influências indígenas, africanas e europeias que formam a identidade híbrida da produção artística local.

“A mostra sugere um caminho de ação conjunta e misturada, propondo um futuro mais justo e equitativo, que ouça todas as vozes e rejeite o antropocentrismo. A visão holística da exposição valoriza tanto os saberes ancestrais quanto o meio ambiente construído, propondo uma profunda revisão da relação humana com a natureza”, define Coutinho.

As obras expostas percorrem diferentes técnicas, pintura, colagem, fotografia, instalação e arte digital, compondo um mosaico de estilos e discursos sobre a Amazônia contemporânea.

A exposição “Ilhática Amazônica” é um manifesto pela arte feita na Amazônia. A mostra convida o público a revisitar as noções de território, pertencimento e resistência que atravessam a produção artística regional.

“Aqui, o isolamento não é barreira, é fermento. É o que molda a estética amazônida: híbrida, resiliente e indomável. Ao completar 20 anos, a Galeria do Largo se torna farol que ilumina os caminhos dos artistas que, bravos sem falsa nobreza, seguem pelas paragens entre estradas de rios e asfaltos, para se encontrarem neste território insular, único e nosso”, resume Virna Lisi.

Aberta ao público na Galeria do Largo, a mostra celebra duas décadas de um dos principais espaços de difusão da arte contemporânea do Norte do país, reafirmando o compromisso com a valorização da identidade cultural amazônica e seus artistas.

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