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Magistrados e magistradas do Brasil podem participar até o dia 17 de maio do 2º Censo do Poder Judiciário, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os dados ajudarão a traçar o perfil atual da magistratura brasileira. O preenchimento é individual, sigiloso e rápido: não leva mais de 10 minutos para ser completado. O questionário pode ser acessado na página do Censo do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ.
O 2º Censo ocorre dez anos depois da primeira edição do recenseamento do Poder Judiciário, realizado em 2013, quando quase 65% dos magistrados e magistradas responderam de maneira segura às perguntas sobre características pessoais e profissionais. A nova edição do levantamento mantém o sigilo das respostas e dos dados fornecidos, garantindo a confidência das informações e o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018).
O juiz auxiliar da Presidência do CNJ Edinaldo Cesar Santos Junior reforça que a participação no Censo é uma forma importante de contribuir para o aprimoramento do Judiciário. Outro aspecto relevante é, a partir dos dados levantados, proporcionar o acesso de populações ainda pouco representadas na Justiça. “Conhecer o perfil da magistratura nos faz entender seu olhar atual. Foi o que ocorreu no primeiro Censo, quando tivemos, em termos percentuais, a certeza da pouca inserção de pessoas negras na Justiça e da reduzida participação da mulher em postos mais altos da carreira”.
O Censo também tem a capacidade de, em médio e longo prazo, impactar na qualidade da prestação jurisdicional. “A partir dos dados revelados, podemos enfrentar os desafios antes desconhecidos, com instrumentos mais qualificados. Somente esse saber nos permitirá elaborar políticas públicas de qualidade”, completou o magistrado.
No Censo de 2023, além de perguntas sobre raça, etnia e gênero, há questões que abordam deficiências físicas e psicossociais, religião, nível de escolaridade de pai e mãe, além de questões sobre orientação sexual, identidade de gênero, saúde mental, assédio moral e violência doméstica, que são assuntos tratados pelo CNJ por meio de políticas judiciárias. O levantamento também questiona se os magistrados ou magistradas já sofreram algum tipo de ameaça em decorrência de sua atuação jurisdicional.
Texto: Regina Bandeira
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias