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TCE-AM utiliza demandas populares para fiscalizar políticas públicas do Governo do Amazonas

Redação O Judiciário

Como forma de analisar a implementação de políticas públicas requeridas previamente pela população amazonense ao Governo do Amazonas, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) concluiu, nesta sexta-feira (28), uma série de visitas presenciais em diferentes secretarias de Estado do Amazonas. Autorizado em sessão do Tribunal Pleno pelo conselheiro-presidente Érico Desterro, o trabalho faz parte da instrução da prestação de contas do governador Wilson Lima, que possui relatoria do conselheiro Mario de Mello.

A avaliação das políticas públicas ganhou destaque este ano, além das atividades de fiscalização habituais realizadas pelo TCE-AM. Para essa análise, o Tribunal utilizou as demandas apresentadas pela sociedade amazonense. Em 2019, o próprio estado do Amazonas promoveu uma consulta à sociedade, onde a população de todo o estado, incluindo a capital e os municípios do interior, pôde apresentar demandas e prioridades para o desenvolvimento das políticas públicas.

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Entre as secretarias visitadas estiveram as de Meio Ambiente (Sema), de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a de Educação e Desporto (Seduc), Infraestrutura (Seinfra), Produção Rural (Sepror), de Assistência Social (Seas), de Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), de Cultura (SEC), além da Saúde (SES), que concluiu a série de visitas.

Os trabalhos técnicos do TCE-AM levam em conta normativos do Instituto Rui Barbosa (IRB), orientações da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e doutrinas acadêmicas utilizadas pelas principais Instituições de Ensino do País, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para o conselheiro Mario de Mello, relator das contas do governo estadual, a ação realizada pela Corte de Contas está em consonância com a missão modernizar ainda mais as ações fiscalizatórias do Tribunal.

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“A avaliação de políticas públicas realizada pelo Tribunal de Contas do Amazonas tem se destacado como uma ação inovadora no processo de aperfeiçoamento e modernização da fiscalização dos recursos públicos no estado. O objetivo é sempre melhorar e tornar mais prático o nosso trabalho para termos resultados também mais práticos”, disse o conselheiro.

Demandas

Conforme o coordenador da Comissão das Contas do Governo 2022, Elias Cruz, a seleção das principais demandas foi feita a partir de um ranking, não por critérios subjetivos, mas pela relevância que as demandas tiveram junto à sociedade. Segundo ele, entre os principais pontos identificados destaca-se a necessidade de expansão da oferta de cursos de mestrado, doutorado e graduação na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) tanto na capital quanto no interior.

“A iniciativa de avaliar as políticas públicas tem sido considerada como uma forma legítima, imparcial e impessoal de verificar a resposta do Estado às demandas apresentadas pela própria sociedade. O conselheiro Mario de Mello, responsável pela relatoria, determinou que esse tipo de avaliação fosse feito em consonância com a modernização e inovação TCE-AM”, destacou Elias Cruz.

Conforme o ranking, formulado por 4.044 participações e 12.650 sugestões, as principais áreas demandadas pela população foram educação transformadora e saúde integral, seguidos por infraestrutura e logística de integração, meio ambiente e sustentabilidade, bem-estar e inclusão social, entre outros. Além dos pedidos de mais cursos na UEA, também se destacaram nas sugestões a ampliação do sistema de educação em tempo integral; a realização de mutirões de atendimento ao cidadão; construção, reforma e aparelhamento de escolas e quadras poliesportivas, entre outros.

Recentemente, a UEA também realizou sua própria “Reunião de Avaliação de Políticas Públicas 2020/2023”, com o objetivo de avaliar os resultados alcançados em 2022 com base nas metas programadas no Plano Plurianual Estadual para o quadriênio 2020-2023. Participaram da reunião representantes dos órgãos estaduais, do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas e do Ministério Público.

O ranking completo de sugestões pode ser acessado por meio do site: http://www.consultasociedade.am.gov.br/ranking/.

Plano Plurianual

A consulta à sociedade foi uma ferramenta utilizada para a elaboração do Plano Plurianual, possibilitando a participação do cidadão na priorização das ações de Governo. Todas as sugestões foram analisadas pela Administração Pública e, caso aprovadas, incluídas no PPA, que será submetido à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas para aprovação.

O Plano Plurianual (PPA) é uma exigência da Constituição Federal de 1988 e representa o resumo de todas as ações que o Governo do Estado pretende executar nos próximos quatro anos. Ele contempla diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública, abrangendo todas as despesas do governo para esse período.

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