Professor da rede estadual faz roda de leitura sobre Malala Yousafzai para despertar prazer pelo aprendizado


Há 51 minutos
Por Agência Amazonas

Livro sobre ativista paquistanesa ganhadora do Prêmio Nobel foi lido em três aulas

FOTOS: Arquivo PessoalO incentivo à leitura é uma das ações constantes da escola Estadual (EE) professora Alda Barata, na zona centro-oeste de Manaus. Como forma de despertar o prazer pelo estudo e estimular a frequência escolar, o professor de Língua Portuguesa, Luiz Guilherme Melo, realizou uma leitura coletiva da biografia “Malala, a menina que queria ir para a escola”, que retrata a vida da ativista paquistanesa Malala Yousafzai.

Voltado aos estudantes da 7ª série do ensino fundamental, o projeto visou encorajar a leitura, o aprendizado e desenvolvimento crítico para eles, além de gerar, por meio da leitura em grupo, um debate sobre cultura e perspectivas diferentes. No total, foram realizadas três rodas de leitura.

Luiz Guilherme conta que a ideia da roda de leitura nasceu da inquietação ante o desânimo de alguns alunos da turma em manter a frequência na escola. Ele diz que, de início, os estudantes não se empolgaram, mas que a partir da leitura em grupo, vieram as curiosidades sobre a cultura e os desafios da personagem em prol da educação, e os alunos foram se envolvendo com a história de Yousafzai.

“Senti que a turma precisava se reconectar à escola, resgatar o prazer pelo aprendizado. Pensei, ‘um ano nada fácil está acabando e eles precisam se inspirar para o ano que vem’. E uni o útil (a leitura) ao agradável (o exemplo de vida da ativista Malala Yousafzai, a pessoa mais jovem a ser laureada com um prêmio Nobel da Paz). Nessa combinação, vi uma oportunidade única na leitura coletiva da biografia ‘Malala, a menina que queria ir para a escola’, escrita pela jornalista Adriana Carranca”, conta o professor.

A biografia foi lida em três aulas. “Foi interessante ver uma geração totalmente conectada à internet se empolgar com o desenrolar da história impressa no papel. Tanto que eles mantiveram a frequência neste final de ano letivo só para saber o desfecho do livro”, acrescenta Melo.

Inspiração – A aluna Adrianne Lorena, de 13 anos, disse ter se divertido com a experiência e que gostou de ter aprendido mais sobre o modo de viver da ativista, que é tão diferente da brasileira. Ela encontrou na leitura uma inspiração para seu próprio estudo.

“Eu gostei muito do livro, ver como a cultura paquistanesa é bem diferente da nossa. Por meio da história, eu também pude ver que, apesar das dificuldades, é muito importante estudar”, avaliou Lorena.

A roda de leitura resultou em reflexões e debates levantados pelos próprios leitores diante de tudo o que descobriram sobre os costumes do Paquistão.

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