Aedes aegypti: Levantamento em Manaus

Aedes aegypti é o foco atual da Prefeitura de Manaus em um importante levantamento. Com o intuito de identificar o nível de risco de doenças como dengue, zika e chikungunya, a Secretaria Municipal de saúde (Semsa) deu início, no dia 8/9, ao 3º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. Esse levantamento se torna fundamental para a saúde pública, pois permite determinar a infestação do mosquito em todo o município.

Durante este levantamento, 306 profissionais da Semsa, incluindo Agentes Comunitários de saúde (ACSs) e Agentes de Controle de Endemias (ACEs), são responsáveis pela vistoria em 25.764 imóveis selecionados por amostragem em 63 bairros das zonas Norte, Sul, Leste e Oeste. Esses profissionais são essenciais para a identificação de criadouros e a coleta de larvas do Aedes aegypti.

Conforme exposto por Alciles Comape, chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, o LIRAa é uma estratégia significativa para mapear o índice de infestação do Aedes aegypti e, assim, determinar o nível de risco que varia entre baixo, médio e alto. Ele destaca que, através do LIRAa, é possível entender a situação do mosquito em cada localidade de Manaus, permitindo que ações de controle e prevenção sejam direcionadas aos locais mais vulneráveis.

O procedimento inclui visitas domiciliares onde os profissionais buscarão por criadouros, identificarão e coletarão formas imaturas do mosquito, além de orientar os moradores sobre medidas de prevenção. Esta abordagem proativa é fundamental, especialmente em um ano onde, até agosto, Manaus já registrou 874 casos confirmados de dengue, uma redução significativa em relação ao ano anterior.

É interessante notar que, no primeiro e segundo LIRAa de 2025, os índices de infestação do Aedes aegypti foram de 2,2% e 1,4%, respectivamente, indicando que Manaus mantém uma classificação de médio risco. Alciles Comape afirma que a expectativa para o terceiro LIRAa, que se estende até 19 de setembro, é que a classificação permaneça, desconsiderando o tempo seco que se reflete na queda das chuvas.

Ainda assim, ele ressalta a importância da colaboração da população. A presença dos agentes de saúde, que estarão identificáveis pelo uniforme e crachá, é necessária para o controle efetivo do Aedes aegypti, especialmente nas residências. Quanto mais os moradores colaborarem, mais eficaz será o combate a criadouros que podem potencializar surtos de dengue, zika e chikungunya.

O aumento das temperaturas e as mudanças climáticas também são fatores que podem influenciar na propagação do Aedes aegypti, aumentando a velocidade de maturação dos ovos e reduzindo o tempo para que o mosquito chegue à fase adulta. Marinélia Ferreira, diretora de Vigilância Epidemiológica, aponta que medidas de prevenção devem ser mantidas durante todo o ano, não apenas nos períodos de maior incidência.

Ela também alerta para a importância do diagnóstico diferencial entre os casos de dengue, zika e chikungunya, enfatizando a necessidade de atenção especial a grupos mais vulneráveis, como as gestantes. Os sintomas podem ser similares, mas o tratamento e as complicações podem variar significativamente.

Ao final do levantamento, os dados serão consolidados e divulgados pela Semsa, incluindo o índice de infestação e os níveis de risco para cada uma das zonas de Manaus. Essa iniciativa é mais um passo da Prefeitura no combate a doenças transmitidas por vetores e reforça a importância da parceria entre a população e as autoridades de saúde no controle do Aedes aegypti.

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