Amazonas Green Jazz Festival: Lançamento ao Grammy

Amazonas Green Jazz Festival é um evento marcante que reúne talentos da música e da cultura amazônica. Em uma noite inesquecível, o Teatro Amazonas foi o cenário do lançamento mundial do álbum “A Onça e o Pajé” do multi-instrumentista e compositor Jovino Santos Neto. Gravado ao vivo durante o festival do ano anterior, o álbum está cotado para concorrer a prêmios no Grammy, incluindo a categoria Large Jazz Ensemble Album e Melhor Composição Instrumental.

O Amazonas Green Jazz Festival não é apenas uma celebração da música; é uma homenagem à rica ancestralidade e à narrativa cultural da Amazônia. O projeto conta com a participação da Amazonas Band, anfitriã do festival que teve a honra de acompanhar Jovino Santos Neto em uma apresentação que combina excelência musical e profundidade cultural. A faixa-título do álbum, “A Onça e o Pajé”, foi especialmente composta por Jovino e tem uma duração impressionante de 12 minutos.

Nessa composição, Jovino Santos Neto ilustra a fascinante história da onça preta, chamada Yauaretê Pixuna, e de um jovem curumim, Uyu Puyuh Ira, que está em sua jornada espiritual para se tornar um pajé. A música é uma narrativa poética que explora a relação entre os dois personagens, simbolizando a UNIÃO espiritual entre seres da floresta.

“Essa música é quase um filme”, disse Jovino ao explicar a profundidade de sua obra. Como biólogo e músico, a conexão de Jovino com a Amazônia é intensa e inspiradora. Ele recebeu uma proposta de mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), mas acabou optando por sua paixão pela música, ao integrar a renomada banda de Hermeto Pascoal. Mesmo depois de tantos anos em Seattle, ele continua fiel às suas raízes amazônicas.

Durante a apresentação no Amazonas Green Jazz Festival, o maestro Rui Carvalho destacou a importância do evento para o crescimento artístico da Amazonas Band. “Gravar e apresentar esse espetáculo com o Jovino é um marco para nós. Este projeto é único e muito desafiador”, enfatizou. A parceria entre Jovino e a banda é uma oportunidade rara, dado que tocar com uma big band é uma experiência que poucos músicos têm a chance de vivenciar.

Além das composições inéditas do álbum, a apresentação incluiu interpretações de clássicos da música brasileira, como “Você Já Foi à Bahia?” de Dorival Caymmi, e “Brigas Nunca Mais” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. O festival proporciona uma plataforma para a valorização da música brasileira, permitindo que novos talentos se apresentem ao lado de músicos renomados.

O Amazonas Green Jazz Festival, promovido pelo Governo do Amazonas, acontece anualmente e traz uma programação variada que abrange workshops, seminários e shows com artistas locais e internacionais. A edição de 2025 já trouxe ao palco artistas como Rony Ferreira e Orquestra Som do Nordeste, e continuam na agenda os renomados Ivan Lins e Gilson Peranzzetta, que devem encerrar o festival de maneira grandiosa.

A “Casa do Jazz”, espaço paralelo do festival, conta com diversas atividades, incluindo exposições e lançamentos literários, com destaque para o livro que celebra os 25 anos da Amazonas Band. O festival é uma verdadeira celebração da cultura, da música e da espiritualidade amazônica, reafirmando a importância deste evento no calendário cultural brasileiro.

O Amazonas Green Jazz Festival não só lança obras como “A Onça e o Pajé”, mas também fortalece a identidade cultural da região, inspirando novas gerações a valorizar as tradições e a riquíssima diversidade musical da Amazônia. Assim, o festival coloca o Amazonas no cenário global da música, promovendo encontros que despertam e encantam os amantes da arte.

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