Câncer de pulmão: diagnóstico precoce no SUS em debate

Câncer de pulmão é um dos tipos de câncer com maior incidência no Brasil e, nos próximos anos, a expectativa é de que mais de 32 mil novos casos sejam registrados. A discussão sobre o diagnóstico precoce do câncer de pulmão no sistema único de saúde (SUS) ganhou destaque recentemente, especialmente na Comissão de saúde da Câmara dos Deputados.

No dia 19 de agosto, a Câmara dos Deputados realizará um debate fundamental sobre o rastreamento e a identificação precoce do câncer de pulmão. Júnior Mano, deputado do PSB-CE, e Geraldo Resende, do PSDB-MS, são os responsáveis pelo pedido deste importante encontro que começará às 17 horas, no plenário 7. Esse debate é de extrema relevância, considerando que o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima a ocorrência de cerca de 32.560 novos casos de câncer de pulmão por ano no Brasil entre 2023 e 2025.

A alta taxa de letalidade do câncer de pulmão, que PODE chegar a 70% dos casos diagnosticados nos estágios mais avançados, é alarmante. Júnior Mano destaca que a maioria dos pacientes só recebe o diagnóstico avançado, o que dificulta significativamente as possibilidades de tratamento e cura. Portanto, a implementação de programas de rastreamento precoce é crucial para aumentar as taxas de sobrevivência.

Pesquisas científicas internacionais comprovam que programas estruturados de rastreamento precoce podem melhorar os desfechos clínicos dos pacientes diagnosticados. Isso se dá pela combinação de diagnóstico antecipado, tratamento imediato e ações de saúde preventivas. O parlamentar ressalta que a falta de políticas específicas para diagnóstico do câncer de pulmão agrava as desigualdades sociais e regionais no acesso à saúde.

Pacientes e populações vulneráveis enfrentam maiores desafios, com diagnósticos tardios e tratamentos menos eficazes. Portanto, criar políticas de rastreamento no SUS poderia não apenas reduzir disparidades sociais, mas também trazer benefícios econômicos, ao diminuir os gastos com tratamentos complexos e prolongados que poderiam ser evitados com um diagnóstico precoce.

O Projeto de Lei 2550/24, que será avaliado durante essa discussão, visa estabelecer uma política estruturada voltada para o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão no SUS. As propostas incluem ações educativas, o uso de tomografia computadorizada de baixa dose, a busca ativa de pacientes considerados de alto risco e a integração com a atenção primária à saúde.

Esse tipo de ação é essencial não apenas para a saúde pública, mas também para garantir que os recursos destinados ao tratamento do câncer de pulmão sejam utilizados de forma eficaz. O diagnóstico precoce PODE transformar vidas, aumentando a chance de tratamento e sobrevivência, especialmente em um país onde o câncer de pulmão é uma das principais causas de óbito.

Portanto, a discussão sobre o câncer de pulmão e a necessidade de estratégias de diagnóstico precoce no SUS é um passo importante para melhor responder a esse desafio de saúde pública.

Aguardamos com expectativa as deliberações e os próximos passos que poderão ser dados na luta contra o câncer de pulmão no Brasil.

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