CPMI INSS investiga fraudes que afetaram aposentados e pensionistas no Brasil. Na quinta-feira, dia 23, o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e sua esposa, a empresária Thaisa Hoffmann Jonasson, serão ouvidos pela CPMI do INSS no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado.
O ex-procurador, Virgílio Filho, deve prestar esclarecimentos sobre as apurações da polícia Federal e da Controladoria-Geral da UNIÃO (CGU), que revelam indícios de enriquecimento ilícito e não condizente com sua renda como servidor público. Os investigadores alegam que ele teria recebido, por meio de empresas e contas de sua esposa, R$ 11,9 milhões de entidades ligadas a associações que praticaram descontos irregulares em benefícios previdenciários, o que representa uma grave violação aos direitos de aposentados e pensionistas. A CPMI INSS busca responsabilizar aqueles qui estão no centro dessa trama criminosa.
Senador Izalci Lucas (PL-DF), um dos autores do requerimento de convocação, enfatiza que as provas apontam Virgílio como um dos principais beneficiários do esquema de fraudes na Previdência. Sua remoção do cargo, determinada pela justiça Federal, confirma a seriedade das alegações que pesam sobre ele, sugerindo sua participação em um conluio que desviou valores consideráveis dos cofres públicos, impactando diretamente a vida dos aposentados e pensionistas mais vulneráveis.
Ao lado de Virgílio, sua esposa Thaisa também terá que explicar sua relação com o esquema. O depoimento dela é uma exigência de parlamentares como Izalci Lucas e Eduardo Girão (NOVO-CE), e é considerado crucial para entender a engenharia financeira que sustentou os descontos indevidos no INSS. As investigações indicam que Thaisa é sócia de empresas que estavam diretamente envolvidas na intermediação de pagamentos e no fluxo de valores suspeitos, como a Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S.A., entre outras entidades.
A CPMI INSS foi criada em agosto de 2025 com o objetivo de investigar esse esquema de descontos indevidos que teria resultado em um prejuízo bilionário à Previdência, afetando milhões de aposentados e pensionistas por todo o país. Composta por 16 senadores e 16 deputados, a comissão tem um prazo de funcionamento até 28 de março de 2026. O senador Carlos Viana é o presidente da comissão e o deputado Duarte Jr. ocupa a vice-presidência, enquanto a relatoria está sob a responsabilidade do deputado Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL).
Os parlamentares estão determinados a elucidar as ligações e os impactos desse esquema furtivo e a CPMI INSS continua sua missão de trazer à luz a verdade, visando proteger os direitos dos cidadãos mais vulneráveis que dependem da Previdência Social. Essa investigação é uma das mais complexas e impactantes relacionadas à segurança das finanças públicas e ao bem-estar dos aposentados e pensionistas que devem ser respeitados e protegidos.
Com a escuta de Virgílio e Thaisa, a CPMI INSS poderá reunir mais informações para avançar nas apurações necessárias e tomar as medidas apropriadas no combate a fraudes e irregularidades no sistema previdenciário brasileiro. Esse é um passo importante para garantir que os responsáveis sejam punidos e que a justiça prevaleça.
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