Escola da Prefeitura de Manaus é a única a representar o Amazonas em feira de ciências em Brasília

A escola municipal Nina Lins, da Prefeitura de Manaus, é a única representante do Amazonas na 6ª “Mostra Nacional de Feira de ciências”, que acontece entre os dias 21 e 24 de outubro, em Brasília (DF). A unidade de ensino, gerenciada pela Secretaria Municipal de educação (Semed), vai apresentar o projeto “A Utilização de Jogos Digitais como Estratégia de ensino para o Combate à Dengue”, desenvolvido com alunos do ensino fundamental e que já conquistou o primeiro lugar em três feiras científicas. 

O projeto surgiu a partir de uma situação real vivenciada na escola, quando uma equipe da unidade básica de saúde (UBS) local esteve no espaço escolar para aplicar a vacina contra a dengue, mas precisou suspender a ação devido à ausência das carteiras de vacinação dos alunos. O episódio despertou o interesse da equipe pedagógica em trabalhar a conscientização das famílias sobre a importância da imunização e da prevenção à dengue, que, à época, já era considerada epidemia em grande parte do país. 

Com esse propósito, foi criado o projeto, que utilizou jogos digitais como ferramenta de ensino para tornar o aprendizado mais dinâmico e atrativo. A iniciativa envolveu 143 alunos, do 6º ano do ensino fundamental, que atualmente estão no 7º ano, e foi aprovada pelo Programa Ciência na escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam).

A coordenadora do projeto, professora Luana da Silva Marques, ressaltou o impacto positivo da experiência entre os estudantes

“Acreditamos que a aprendizagem precisa dialogar com o universo dos alunos. A tecnologia, quando bem utilizada, se torna uma grande aliada no ensino. Por meio dos jogos, conseguimos despertar o interesse dos estudantes e ampliar a conscientização sobre a dengue, que é um problema de saúde pública”, comentou. 

Com o apoio do Centro de Tecnologia Educacional (CTE) da escola, os estudantes desenvolveram sete jogos educativos utilizando as plataformas Scratch, Octo Studio e Wordwall. Três estudantes foram selecionados como bolsistas de iniciação científica e participaram ativamente da pesquisa e da criação dos jogos. Antes das atividades lúdicas, os alunos assistiram a palestras e responderam a um questionário diagnóstico sobre o tema, o que permitiu avaliar o avanço do conhecimento após a aplicação dos jogos.  

A estudante Gabriela Guedes, de 13 anos, será a representante do projeto, em Brasília, e falou sobre a emoção de participar da etapa nacional. “Foi muito especial participar desse projeto. A gente aprendeu brincando e viu que a tecnologia PODE ajudar a cuidar da saúde das pessoas. Agora, poder apresentar isso, em Brasília, é um sonho”, concluiu. 

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Texto – Jordana Rodrigues/ Semed 

Foto – Divulgação/ Semed 

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