Esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix. No Amazonas, a Fundação de Vigilância em saúde (FVS-RCP) atualiza periodicamente os dados sobre essa doença que afeta tanto humanos quanto animais. Segundo o último informe epidemiológico, divulgado em setembro, o cenário da esporotricose no estado apresenta números alarmantes, refletindo um aumento significativo de casos.
Entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2023, o Amazonas registrou 1.895 casos de esporotricose em humanos, dos quais 1.469 foram confirmados. Desses, a maioria dos casos está concentrada na cidade de Manaus, onde foram identificados 1.373 dos casos confirmados. Outros municípios, como Presidente Figueiredo e Barcelos, também mostram a presença da doença, mas em menor escala. O informe também relata um óbito relacionado à esporotricose, destacando a gravidade da situação.
Esporotricose não é uma doença que afeta apenas as pessoas. Os dados mostram que, durante o mesmo período, 3.797 casos de esporotricose animal foram documentados, dos quais 3.559 foram confirmados. Essa elevadíssima incidência em animais, especialmente em gatos, que representam 97,4% dos casos, é preocupante. Dentre os animais afetados, a maior parte deles era macho. O informe ainda menciona 1.660 eutanásias e óbitos relacionados à infecção em animais, refletindo a urgência de um controle efetivo sobre a doença.
No intuito de mitigar a situação da esporotricose, um grupo técnico foi formado no Amazonas. Esse grupo é composto por representantes de diversas instituições, incluindo a FVS-RCP, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM). A colaboração entre esses órgãos visa monitorar e controlar os casos de esporotricose, o que PODE contribuir para reduzir a propagação da doença tanto em humanos quanto em animais.
A esporotricose é uma infecção subcutânea que se desenvolve quando o fungo Sporothrix entra em contato com a pele ou mucosas, geralmente através de ferimentos, como arranhões ou cortes. Por isso, é fundamental que a população esteja atenta aos sinais da doença, buscando atendimento médico imediatamente se houver suspeita. Além disso, a transmissão também PODE ocorrer entre animais, principalmente através de mordidas e arranhões.
A prevenção é essencial para conter a disseminação da esporotricose. Recomenda-se que os tutores mantenham seus pets, especialmente gatos e cães, sob supervisão e que evitem que eles tenham acesso a áreas onde o fungo possa estar presente. A educação da população é outra ferramenta importante no combate à esporotricose, promovendo informações sobre os riscos e sinais da doença.
O informe epidemiológico sobre a situação da esporotricose no Amazonas é disponibilizado mensalmente no site da FVS-RCP. A atualização costuma ocorrer na última terça-feira de cada mês, proporcionando à população dados atualizados para melhor entendimento e enfrentamento da doença. O cenário atual exige ações coordenadas e eficazes para conter a propagação da esporotricose, garantindo a saúde tanto de humanos quanto de animais no estado do Amazonas.
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