Governo do Amazonas reintroduz onça-pintada resgatada e reabilitada após 40 dias na Amazônia

Primeiro caso de resgate, reabilitação e devolução de onça-pintada na Amazônia.

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet-AM), devolveu à natureza uma onça-pintada resgatada no Rio Negro. A ação começou às 6h do dia 9 e foi concluída no dia 10 de novembro, com transporte por helicóptero e barco até uma área de reserva florestal. A operação envolveu equipe técnica e foi conduzida para garantir a soltura do animal em condições de segurança.

Operação e equipe

A ação foi coordenada pela Sepet-AM e contou com médicos-veterinários, biólogos, pesquisadores e técnicos de imagem. A equipe permaneceu na região de soltura das 13h de domingo até 6h40 da manhã de segunda-feira (10) e acampou na mata para acompanhar a liberação, conforme orientação dos profissionais envolvidos.

Participaram da operação o Departamento Integrado de Operações Aéreas do Amazonas (Dioa) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP), responsável pelo transporte aéreo, e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), que disponibilizou embarcações para o deslocamento da equipe e do animal.

Também estiveram presentes pesquisadores do Laboratório de Internações de Fauna e Floresta (Laiff) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), coordenados pelo professor Dr. Rogério Fonseca, e o médico veterinário Aldenor Lima, vereador de Manaus.

Reabilitação e critérios para soltura

O felino foi entregue à natureza após 40 dias de resgate, conforme determinação do responsável técnico, o biólogo Nonato Amaral, que acompanhou toda a operação. Antes da soltura, a onça-pintada recebeu uma coleira de radiomonitoramento no dia 4 de novembro de 2025, durante exames que confirmaram seu bom estado de saúde. O equipamento foi cedido pelo Instituto Onça-Pintada (IOP), por meio do biólogo Leandro Silveira.

A onça foi sedada por veterinários especializados e transportada em uma caixa confeccionada especialmente para a operação. A soltura ocorreu em local escolhido tecnicamente para manter o animal distante de áreas de população.

Declarações oficiais

Segundo a secretária da pasta, Joana Darc, “A soltura é uma determinação do governador Wilson Lima, para que usássemos todas as forças do governo e dos parceiros até chegarmos a esse momento. Animal silvestre tem que estar na natureza. Somos nós, enquanto sociedade, que ocupamos esses espaços e afugentamos os animais do seu próprio habitat. Agora estamos cumprindo com o nosso dever legal, responsabilidade do Estado, de devolver esse animal à natureza com integridade e saúde”.

Joana destacou ainda que a coleira de monitoramento com GPS permitirá acompanhar por dois a três anos os deslocamentos da onça e o território em que ela vai se estabelecer, gerando dados para a comunidade científica do Amazonas.

Contexto do resgate

O animal foi encontrado no Rio Negro enquanto tentava se deslocar de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) para a capital, após ser atingido por diversos disparos de chumbinho. A Companhia Ambiental Fluvial do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da polícia Militar do Amazonas (PM-AM) apoiou o resgate.

Foram encontrados 36 estilhaços no rosto do felino, que precisou de atendimento veterinário de urgência para sobreviver. Após os primeiros cuidados, a onça foi encaminhada, com autorização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), para o antigo zoológico do Tropical hotel, em Manaus, onde ficou sob a responsabilidade do biólogo Nonato Amaral durante o período de reabilitação.

O resgate, a reabilitação e a reintrodução do animal representam um marco para a conservação da fauna na região e reforçam o compromisso do Governo do Amazonas, por meio da Sepet-AM, com a proteção e o bem-estar dos animais silvestres.

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