Incentivos ao esporte são fundamentais para o desenvolvimento e sucesso das modalidades paralímpicas no Brasil. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) apresentou recentemente um conjunto de ações e investimentos voltados para garantir que o país se mantenha entre as cinco melhores potências do mundo nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028. Desde a participação marcante do Brasil na Paralimpíada de Pequim, em 2008, até a conquista de 89 medalhas nos Jogos de Paris, em 2024, os esforços realizados pelo comitê têm sido inegáveis.
No contexto atual, os incentivos ao esporte têm se tornado cada vez mais relevantes. Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o diretor de alto rendimento do CPB, Jonas Freire, destacou que o apoio financeiro proveniente de patrocínios, como os das loterias da Caixa Econômica Federal e do programa bolsa atleta, totalizou cerca de R$ 160 milhões. Esses recursos são essenciais para manter o foco e a dedicação dos atletas, permitindo que eles tenham as melhores condições para competir e conquistar medalhas.
O CPB tem estabelecido três fundos de apoio dedicados a diferentes categorias de atletas: um para aqueles com chances de medalhas, chamado Fundo Jogos; outro voltado para mulheres, jovens até 23 anos e atletas com deficiência severa, conhecido como Fundo de Iniciação e Fomento; e um terceiro destinado à aquisição de equipamentos e materiais para garantir a qualidade do treinamento.
O presidente do CPB, José Ferreira Freire, enfatizou a criação de um sistema de controle interno para assegurar que os recursos sejam utilizados de forma eficaz. Ele ressaltou a importância do conselho de administração e do conselho de atletas, que possuem voz e voto na aprovação dos orçamentos. “Para o CPB dar certo, a gente criou o conselho de administração e o conselho de atleta com voz e voto. Isso garante que o recurso público das loterias da Caixa será bem investido e chegará ao atleta”, afirmou.
Além das questões financeiras, outros pontos importantes relacionados aos incentivos ao esporte foram discutidos. A campeã mundial Verônica Hipólito, que venceu na prova de atletismo de 200m rasos e é medalhista de prata e bronze em outras provas, trouxe à tona a discussão sobre o capacitismo no Brasil. Em seu relato, ela descreveu como o esporte PODE ser um caminho para a inclusão e a conscientização sobre as diferenças entre as pessoas. Verônica acredita que, ao incentivarmos o esporte, Podemos ajudar a acabar com estigmas e criar um ambiente mais acolhedor.
O CPB também está investindo na área de ciência do esporte, focando tanto na saúde física quanto na saúde mental dos atletas. A ideia é expandir o conceito de um grande centro de referência em São Paulo, legado dos Jogos de 2016, para a criação de 100 centros de referência até o final de 2023, ampliando o acesso e a formação de novos talentos.
O Festival Paralímpico, que deve reunir 22 mil crianças e adolescentes, assim como a Paralimpíada Escolar e diversos Meetings Esportivos nos 27 estados, são exemplos de ações que visam estimular a prática esportiva desde a infância e afastar os jovens de problemas sociais como a violência e a exposição a conteúdos impróprios na internet.
A presidente da Comissão do esporte, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), também elogiou essas iniciativas, afirmando que o esporte é uma das melhores formas de proteger as crianças e promover o desenvolvimento pessoal e social. “Se você não cria outros caminhos para essa criança, ela vai parar na internet”, comentou. Essa visão reforça o papel fundamental dos incentivos ao esporte na formação de cidadãos saudáveis e conscientes.
De olho no futuro, o CPB já começou a se preparar para os Jogos Paralímpicos de 2028 e 2032, apresentando um calendário de competições nacionais e internacionais que visa garantir que o Brasil continue se destacando no cenário esportivo mundial. Os esforços em prol dos incentivos ao esporte são uma prova de que o compromisso com a inclusão e a excelência esportiva PODE fazer a diferença na vida de milhares de atletas ao redor do país.
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