Indústria do tabaco: estratégias para novos fumantes

A **indústria do tabaco** desenvolve estratégias diversas para atrair novos fumantes. Um dos principais métodos utilizados são os cigarros eletrônicos, que têm sido alvo de discussões sobre sua regulamentação e impacto na saúde pública. Participantes de uma audiência pública na Câmara dos Deputados relataram que a reposição de clientes é crucial para a manutenção do setor, dado que as doenças associadas ao tabagismo afetam uma grande quantidade de fumantes. Segundo o representante do Instituto Nacional do Câncer (Inca), essa situação revela um ciclo vicioso: novas gerações são continuamente estimuladas a iniciar o consumo de produtos que causam dependência de nicotina.

De acordo com André Szklo, cada vez que a **indústria do tabaco** investe significativamente em propaganda, como os R$ 156 mil mencionados, uma vida é perdida. O investimento em marketing, de acordo com especialistas, não só atrai novos fumantes, mas também inverte os avanços feitos nas políticas de controle do tabagismo no Brasil. Além disso, os custos para o sistema de saúde pública são alarmantes, com uma relação em que cada R$ 1 arrecadado com impostos resulta em mais de R$ 5 gastos no tratamento das doenças causadas pelo uso de tabaco.

A discussão ganhou destaque após o pedido do deputado Padre João (PT-MG) por uma audiência que buscou abordar uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) sobre a proibição de cigarro eletrônico no Brasil. Durante essa audiência, o deputado apresentou um projeto que criminaliza qualquer atividade relacionada aos cigarretes eletrônicos. O projeto (PL 2158/24) prevê penas de detenção que variam entre 1 a 3 anos, além de multas.

O envolvimento da população é considerado essencial para frear a atuação das indústrias prejudiciais à saúde. Para Padre João, a mobilização popular é fundamental para que as indústrias não priorizem o lucro em detrimento da saúde pública. Ele enfatiza a importância de uma consciência coletiva que contraponha as estratégias da **indústria do tabaco**.

Outro projeto destacado na audiência foi o da deputada Gisela Simona (UNIÃO-MT), que propõe tornar crime a produção, propaganda e comercialização de cigarros eletrônicos. Esta proposta (PL 4888/23) sugere penas de reclusão que variam entre 2 a 4 anos, sujeitas a aumento caso as práticas sejam direcionadas a menores de 18 anos.

Diante desse cenário, a ideia de regularizar cigarros eletrônicos é vista como um retrocesso no combate ao tabagismo, principalmente no que se refere à proteção da saúde coletiva. A medicina adianta que o principal alvo da publicidade da **indústria do tabaco** atualmente são crianças e adolescentes. Estrategicamente, a indústria utiliza aromas e sabores adocicados, além de embalagens coloridas, tudo com o intuito de atrair este público jovem.

A ex-coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo, Sabrina Presman, ressaltou como essas manobras visam reverter a imagem negativa do tabaco, que foi construída a partir de políticas de combate eficazes desde a década de 1990. No entanto, é essencial que esse esforço seja renovado e que a sociedade continue atenta às táticas da **indústria do tabaco**.

Com a crescente conscientização sobre os malefícios do tabagismo e a exploração pelas indústrias do tabaco, a mobilização é vital. O Brasil precisará avançar em sua luta contra essa epidemia, garantindo que os jovens não sejam alvos fáceis dessa indústria predatória.

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