Inovação no Amazonas é um tema que ganha cada vez mais destaque, especialmente em um momento crucial como o Prêmio Finep de Inovação 2025, realizado em 24 de setembro. Essa premiação é um marco nacional, reconhecendo as melhores iniciativas em tecnologia e desenvolvimento econômico. Nesta edição, o Amazonas reafirma seu papel como referência no cenário de inovação, destacando-se com seis das nove iniciativas selecionadas que são originárias do estado.
A cerimônia foi realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), e contou com a presença de autoridades como Jeibi Medeiros, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, que enfatizou a importância do Amazonas como guardião da floresta e protagonista na criação de soluções tecnológicas que promovem a preservação ambiental. É crucial ressaltar a relação entre inovação e desenvolvimento econômico para o progresso da região e do Brasil como um todo.
Durante o evento, o Amazonas destacou-se ao apresentar 12 projetos, evidenciando a força do seu ecossistema de inovação. Este ecossistema é enriquecido pela colaboração entre universidades, institutos de pesquisa e iniciativas empreendedoras. Um dos projetos que merece destaque é o Plano Estadual de Bioeconomia, que busca um desenvolvimento sustentável alinhado às necessidades locais e será apresentado durante a COP-30 em Belém, em novembro.
Luiz Antônio Elias, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ressaltou o significado da premiação, que retorna após uma década, demonstrando a evolução da ciência e tecnologia no Norte do Brasil. A combinação de tecnologia com a valorização da biodiversidade é vital, especialmente em uma região única como a Amazônia. O festival de inovações evidencia o potencial da região em se tornar uma vitrine de boas práticas que podem ser replicadas em outras localidades.
Entre as inovações premiadas, destaca-se o projeto Aeroriver (AM), que se apresenta como um veículo de efeito solo, carinhosamente chamado de “barco voador”, voltado para a mobilidade sustentável na Amazônia. Outros projetos notáveis, como o desenvolvido pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), utilizam técnicas de microscopia celular e sequenciamento genético, mostrando-se pioneiros na Amazônia Legal.
A presença feminina na ciência também teve um espaço relevante, com a pesquisadora Cecília Verônica Nunez recebendo a Medalha Niède Guidon. Sua atuação no Centro Temático de Bioeconomia na Amazônia exemplifica a contribuição das mulheres na ciência e nas inovações sociais, sendo essa visibilidade essencial para inspirar novas gerações a se envolverem em áreas cruciais para o futuro do planeta.
O Governo do Amazonas, comprometido com a valorização da floresta em pé, está liderando a elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia. Este plano, ainda em fase de consulta pública, é desenvolvido com a participação ativa da sociedade, assegurando que as políticas públicas reflitam os anseios e necessidades das comunidades locais. Essa integração é fundamental para garantir um desenvolvimento que respeite a sociobiodiversidade e a cultura local.
Recentemente, o governador Wilson Lima anunciou os projetos que serão apresentados na COP-30, reafirmando a importância da preservação das florestas diante das mudanças climáticas. O investimento de mais de R$ 1 bilhão em cadeias produtivas da sociobiodiversidade comprova o compromisso do estado em promover um modelo de desenvolvimento que articula inovação, sustentabilidade e desenvolvimento social.
Dessa forma, o Amazonas se projeta como um exemplo global de como a inovação PODE estar intrinsicamente ligada à sustentabilidade. Com instituições locais e empreendedores colaborando em sinergia, a região não apenas beneficia sua própria população, mas também se estabelece como um modelo estratégico para outras áreas que buscam integrar inovação e práticas sustentáveis. O futuro se desenha promissor para a Amazônia, que se sente cada vez mais confiante em unir ciência, tecnologia e respeito ambiental, criando um legado que transcende fronteiras.
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