mamografia é um exame essencial para a identificação de lesões que podem indicar o câncer de mama. Este exame é considerado a principal estratégia na identificação precoce da doença, e sua realização é vital para a saúde das mulheres. Apesar das capacidades disponíveis na REDE municipal de saúde de Manaus, a procura pela mamografia ainda é baixa.
No último ano, foram realizadas apenas 28 mil mamografias no município, representando apenas 30% do total estimado para o rastreio de câncer de mama. De janeiro a setembro deste ano, o número já alcançou 27 mil mamografias, mas ainda assim está aquém do ideal.
O Sistema Único de saúde (SUS) recomenda a mamografia principalmente para o rastreio ativo de casos suspeitos entre mulheres de 50 a 74 anos, além do atendimento sob demanda entre aquelas de 40 a 49 anos, pois estes grupos são considerados de maior risco para a doença.
Lúcia Freitas, chefe da Divisão de Atenção à saúde da Mulher da Secretaria Municipal de saúde (Semsa), destaca que a REDE municipal possui alta capacidade instalada para a realização de mamografias. O exame é oferecido em seis unidades tradicionais de saúde e nas Unidades Móveis de saúde da Mulher, o que é suficiente para atender a demanda da população.
“É um exame que permite o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que possibilita o início do tratamento também precocemente, aumentando as chances de cura da doença para 95%”, afirma Lúcia Freitas. Isso demonstra a relevância da mamografia na vida das mulheres, especialmente para aquelas que estão dentro da faixa recomendada.
Além dos casos suspeitos no grupo de maior risco, a Semsa segue orientações do Ministério da saúde, que não restringe o acesso de mulheres de outras idades ao exame de mamografia. No entanto, a recomendação é que as mulheres de 40 a 49 anos e acima de 74 anos realizem o exame mediante avaliação médica, considerando a situação individual em relação aos riscos e benefícios.
As unidades de saúde realizar rastreio ativo contatando as mulheres entre 50 e 74 anos para que realizem a mamografia, que é o grupo mais suscetível à doença. Para outras faixas etárias, é crucial uma avaliação caso a caso, especialmente se houver histórico familiar de câncer ou sintomas como o aparecimento de nódulos.
Uma análise da Semsa, sobre resultados de mamografias realizadas entre 2020 e 2024, revelou que 62,54% das lesões precursoras do câncer de mama foram identificadas em mulheres de 50 a 69 anos. “Isso reforça a importância do exame para mulheres nessa faixa de idade”, complementa Lúcia Freitas.
Também é importante que a população fique atenta a alterações suspeitas, como nódulos mamários, e busque um diagnóstico em qualquer idade. Além dos nódulos, outros sintomas incluem edema cutâneo, dor, retração ou descamação do mamilo e secreção nos mamilos.
As mamografias estão disponíveis em seis unidades de saúde e são acessíveis também nas cinco Unidades Móveis mantidas pela Prefeitura de Manaus, com mulheres da faixa de rastreio não necessitando de encaminhamento.
Lúcia Freitas ainda enfatiza que nem toda alteração na mamografia indica câncer de mama, mas PODE sinalizar um risco. Em alguns casos, a ultrassonografia PODE ser necessária para complementar o diagnóstico. O diagnóstico definitivo, no entanto, é estabelecido através da biópsia mamária.
As informações sobre as unidades de saúde e os locais das Unidades Móveis podem ser consultadas no site da Semsa (www.Manaus.am.gov.br/Semsa/).
Em adição, durante o mês do “Outubro Rosa”, a Semsa planeja intensificar ações de educação em saúde voltadas para o diagnóstico precoce do câncer de mama, buscando conscientizar a população sobre a importância da mamografia.
Com base nas estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 420 casos de câncer de mama devem ocorrer anualmente em Manaus entre 2023 e 2025, resaltando a urgência e a importância da detecção precoce que a mamografia proporciona.
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