Novas exposições na Galeria do Largo reforçam pluralidade da arte contemporânea amazonense

Exposições serão inauguradas nesta quinta-feira (09/10), às 18h30, com entrada gratuita

FOTO: Divulgação/Secretaria de Estado de Cultura e economia criativa

A Galeria do Largo recebe quatro novas exposições gratuitas, nesta quinta-feira (09/10), às 18h30, que compõem a programação de outubro. Sob curadoria do artista e pesquisador Cristovão Coutinho, as mostras “Cidade Dissimulada – Lucidez Artificial”, de Jáder Rezende, e a 9ª edição do Espaço Mediações, reúnem artistas de diferentes linguagens e trajetórias que dialogam com a ancestralidade, a arte urbana e as relações entre natureza e tecnologia. O espaço do Governo do Amazonas é administrado pela Secretaria de Cultura e economia criativa.

Na exposição individual Cidade Dissimulada – Lucidez Artificial, o artista Jáder Rezende apresenta obras que investigam a experiência humana na cidade contemporânea, marcada por contrastes entre aparência e essência. Por meio de técnicas híbridas e composições visuais que mesclam realidade e ilusão, o artista provoca o espectador a refletir sobre as formas de percepção e manipulação do espaço urbano.

De acordo com o curador Cristovão Coutinho, a proposta de Rezende provoca uma leitura crítica do cotidiano urbano: “Nos aproxima de uma agenda artística e mostra conduções de imagens proporcionadas pela AI em combinado de buscas autorais com o criador dos trabalhos da exposição, com 45 imagens oriundas desse advir da pessoa e a ferramenta digital, em que se aponta temas e sugestionamentos de ações humanas e lugares citadinos algoritmos”.

Espaço Mediações

O Espaço Mediações, projeto contínuo da Galeria do Largo, chega a sua 9ª edição reunindo três artistas amazonenses que traduzem a pluralidade da produção contemporânea no estado: Tuniel Mura, Paulo Olivença e Vitor Maia. A mostra propõe um diálogo entre ancestralidade, natureza e espaço urbano.

Em “Ancestralidade me faz resistir”, o artista indígena Tuniel Mura resgata a memória ancestral do povo Mura por meio de 12 pinturas em telas de tecido de algodão cru, inspiradas no grafismo tradicional de sua etnia. O trabalho reafirma a identidade originária e a força simbólica da arte indígena.

Na instalação “Desnudes”, Paulo Olivença reflete sobre a tensão entre a natureza e o avanço tecnológico. A partir de troncos e vídeos gravados na floresta, o artista constrói uma narrativa sobre a coexistência e o conflito entre o ambiente natural e a “revolução tecnológica sufocante”.

E Vitor Maia, com “Tinta (Des)Proibida”, leva o graffiti, a pichação e os lambes para o ambiente da galeria, questionando os limites entre arte e vandalismo, legalidade e resistência, e o papel da arte urbana como forma de expressão política e social.

Segundo o curador Cristovão Coutinho, o Espaço Mediações reafirma seu papel como vitrine da arte contemporânea local. “Ao unir propostas tão distintas, o Espaço Mediações reforça seu papel na cena cultural do Amazonas, valorizando a produção artística local e evidenciando a pluralidade de processos criativos”, destaca.

As exposições têm entrada gratuita e ficam abertas à visitação na Galeria do Largo (Espaço Cidade), localizada no Centro de Manaus, de terça a domingo, das 15h às 20h.

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