Acadêmicos Joyci Lima e Anderson Silva, do curso de Psicologia do Centro Universitário Fametro, conduziram uma pesquisa na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) sobre o acompanhamento de pacientes em finitude de vida. O estudo, coordenado pela psicóloga Suzan Biscaro, acompanhou durante um ano pacientes internados com quadro de incurabilidade por câncer. Os resultados foram apresentados no 8º Congresso Pan-Amazônico de Oncologia, realizado de 12 a 14 de novembro, e receberam o 2º lugar na categoria relato de experiência.
Pesquisa e objetivo
O trabalho teve como um dos objetivos aceitar a morte como parte do ciclo da vida e ajudar pacientes a lidar com a possibilidade de terminalidade em função de doenças progressivas, como o câncer. A pesquisa abordou especificamente a perspectiva de acadêmicos finalistas do curso de Psicologia da Fametro no processo de assistência a pacientes em finitude.
Atuação do psicólogo
Segundo Suzan Biscaro, quando o paciente com câncer apresenta um quadro clínico de incurabilidade, o psicólogo atua para oferecer conforto emocional e físico. Ela afirma que o profissional auxilia na comunicação da possibilidade de finitude da vida, no alívio da angústia e no respeito às vontades do paciente e de sua família, com o objetivo de promover qualidade de vida.
“Atendemos pacientes em processo ativo de morte e/ou pacientes e familiares comunicados pela equipe médica sobre progressão e agravo da doença, que geraram necessidade de internação e que podem evoluir para o óbito. Apoiamos o paciente e familiares em seu processo de luto e auxiliamos na compreensão do momento de vida”, explica a psicóloga.
Equipe multiprofissional
O acompanhamento dos pacientes foi feito por uma equipe multiprofissional, o que, de acordo com Suzan Biscaro, garante assistência integral e humanizada. Anderson Silva e Joyci Lima destacaram a importância do trabalho conjunto entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos.
“O trabalho do psicólogo é parte de um todo muito maior, que envolve médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros. O profissional enxerga o paciente de uma forma total, ou seja, um ser bio, psico, social e espiritual”, afirmou Anderson Silva.
Luto antecipatório
Durante o acompanhamento, os acadêmicos identificaram casos classificados como luto antecipatório, quando o luto começa antes da perda. “Não é somente a morte. O processo envolve a equipe de saúde, os familiares, a vontade da pessoa que sabe que está chegando o seu fim. Não só a morte em si, há o processo de finitude”, disse Joyci Lima.
Premiação e repercussão
O trabalho dos acadêmicos foi premiado com o 2º lugar na categoria relato de experiência, na modalidade apresentação de banner, no 8º Congresso Pan-Amazônico de Oncologia. Eles destacaram a relevância da vivência prática na FCecon para a formação acadêmica.
“A FCecon é um ponto de referência. Ao ganhar o prêmio, enaltece a nossa carreira. Estar aqui dentro, academicamente, aprendemos muita coisa”, relataram os autores.
Wladja Conde, gerente do serviço de Psicologia da FCecon, lembrou que este foi o primeiro prêmio obtido por colaboradores do setor. “É algo que os motiva a publicar, a ter esse retorno de serem vistos e traz muito para a Psicologia, dando este retorno. É algo engrandecedor e incentiva que nos próximos congressos mais trabalhos sejam inscritos, com um envolvimento maior”, afirmou.
FOTOS: Laís Pompeu/FCecon
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