Privatização da refinaria: um grande erro na Bahia

Privatização da refinaria foi um grande erro, afirma o deputado Jorge Solla (PT-BA) em recente entrevista. A privatização da refinaria Landulpho Alves, localizada na Bahia, e vendida ao fundo Mubadala Capital durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, é vista por Solla como uma tragédia econômica. Este processo de privatização ocorreu em 2021 e, segundo o deputado, foi realizado abaixo do preço de mercado. A repercussão dessa decisão ainda é sentida, especialmente no aumento dos preços dos combustíveis na Bahia.

Durante a discussão na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, Solla destacou que a operação atual da refinaria está funcionando com apenas 60% de sua capacidade total. A situação se agravou devido à importação de petróleo, um fator que contribuiu para a elevação dos preços dos combustíveis. A precariedade na operação da refinaria gerou consequências diretas na economia local: os baianos estão pagando em média 5% a mais pelo combustível em comparação com o valor médio pago pelos brasileiros em outras partes do país.

A privatização da refinaria Landulpho Alves, segundo Solla, não apenas trouxe prejuízos aos consumidores, mas também afetou a arrecadação do estado, especialmente em São Francisco do Conde, onde a refinaria está situada. A venda foi realizada em um momento de fragilidade econômica, com a pandemia de Covid-19 impactando severamente o país. Por esse motivo, muitos críticos da privatização argumentam que a venda apressada de ativos estratégicos PODE levar a um cenário mais desfavorável para a população local.

Em sua fala, Solla enfatizou que a falta de um planejamento adequado e a premência em privatizar a refinaria resultaram em uma série de desavanços. O deputado questionou a lógica por trás da privatização de um ativo tão importante para a Bahia, afirmando que a operação pública poderia ter garantido um preço mais justo e uma maior estabilidade na oferta de combustíveis.

Os impactos negativos da privatização da refinaria vão muito além do aumento nos preços dos combustíveis. A redução da arrecadação impactou diretamente os investimentos em infraestrutura e serviços essenciais na região, criando um ciclo vicioso que prejudica ainda mais a população local. O deputado concluiu que é fundamental discutir o futuro da refinaria e buscar mecanismos que revertam os efeitos danosos da privatização.

Diante deste contexto, Solla reafirma a necessidade de reavaliar o modelo de privatização adotado no Brasil, especialmente em setores estratégicos e com impacto direto na vida da população. Para o parlamentar, é imprescindível que as vendas de ativos públicos sejam realizadas de maneira responsável e que levem em consideração a preservação de serviços essenciais e o bem-estar da sociedade.

Privatização da refinaria, portanto, transforma-se em um tema crucial e uma lição importante sobre os riscos envolvidos em decisões que podem afetar a qualidade de vida dos cidadãos. O debate sobre esse assunto deve continuar a ser uma prioridade para os representantes e a população, garantindo que erros do passado não se repitam.

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