COP 30: Oportunidade para Combater Racismo Ambiental

racismo ambiental é um tema crucial nas discussões sobre justiça climática. No dia 19 de agosto de 2025, foi realizada uma audiência na Câmara dos Deputados para debater como as mudanças climáticas afetam comunidades vulneráveis, ressaltando a importância da COP 30. O racismo ambiental faz referência ao modo como grupos marginalizados enfrentam desproporcionalmente os efeitos negativos das degradações ambientais, como a poluição e o desmatamento. Estas comunidades, frequentemente empurradas para áreas de risco e sem infraestrutura, são as que mais sofrem com as consequências das crises climáticas.

Augusto Araújo Santos, do Ministério da igualdade racial, expressou a gravidade da situação: “Podemos ver o racismo ambiental nas enchentes que atingem bairros periféricos, sem infraestrutura adequada.” O desafio, segundo ele, não é apenas ambiental, mas também de saúde pública e direitos humanos. O racismo ambiental afeta a saúde, a alimentação, e até o direito a um ar limpo, mostrando a interconexão entre meio ambiente e dignidade humana.

Além disso, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) destacou que aqueles em situações vulneráveis são duplamente afetados, vivendo em locais inadequados e propensos a desastres ambientais. “Primeiro tem uma injustiça pelo fato de o poder público não ter providenciado e não ter dado as condições para que se tenha moradia adequada,” ele afirmou, ressaltando a necessidade urgente de infraestrutura básica como saneamento e água potável.

Os participantes da audiência acreditam que a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorrerá em Belém, Pará, será crucial para elevar a discussão sobre racismo ambiental. A conferência tem o potencial de trazer visibilidade a essas questões e buscar soluções viáveis. O governo, através de representantes como Marco Túlio Cabral, do Ministério das Relações Exteriores, enfatizou a urgência de abordar injustiças climáticas nas mesas de negociação internacional.

Marco Túlio também mencionou a importância do reconhecimento das responsabilidades diferenciadas que os países têm em relação à crise climática. A Corte Internacional de justiça já reconheceu esta questão em suas deliberações, refletindo a realidade de que aqueles que menos causaram os problemas climáticos são os que mais sofrem.

Julia Mascarello, representante do Ministério da Fazenda, complementou que o governo está implementando um Plano de Transformação Ecológica que visa uma economia de baixo carbono, incluindo as comunidades mais excluídas. “Nós temos as finanças sustentáveis, o adensamento tecnológico e uma infraestrutura verde,” afirmou. Este plano é fundamental para a construção de um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás, especialmente as populações mais vulneráveis.

A COP 30 não é apenas uma conferência; é uma oportunidade para discutir racismo ambiental e fazer do Brasil um exemplo de justiça climática. Ao promover a inclusão e tratar diretamente das desigualdades socioambientais, Podemos criar um futuro mais justo para todos. Em novembro, Belém se tornará o centro das atenções globais, onde questões cruciais como o racismo ambiental estarão em destaque.

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