Renorcrim resultou na apreensão de 1,7 tonelada de drogas e no bloqueio de bens em operação integrada no Amazonas

Operação integrada do DRCO e da PMAM prendeu dez pessoas, bloqueou milhões e apreendeu carga de skunk e pasta base.

A polícia Civil do Amazonas, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), apresentou nesta sexta-feira (05/12) o resultado de duas ações simultâneas: a terceira fase da Operação Renorcrim e a apreensão de 1,7 tonelada de drogas nas proximidades de Anori (a 234 quilômetros de Manaus), realizada com apoio do Comando de Operações Especiais (COE) da polícia Militar do Amazonas (PMAM). As medidas envolveram cumprimento de mandados, apreensões e bloqueios judiciais.

Terceira fase da Renorcrim e cumprimento de ordens judiciais

A terceira fase da Renorcrim foi deflagrada na quinta-feira (04/12). A iniciativa é do Ministério da justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), que coordena a REDE Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, da qual o DRCO integra.

A ação resultou no cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, além do sequestro de bens e do bloqueio de contas vinculadas à organização investigada. As ordens judiciais foram cumpridas em Manaus, em Tabatinga (a 1.108 quilômetros da capital) e nos estados do Ceará e Piauí. A operação contou com o apoio do Departamento de polícia Metropolitana (DPM), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e do COE da PMAM.

O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, afirmou que a Renorcrim foi voltada ao combate à lavagem de capitais e ao tráfico de drogas. Segundo ele, houve a prisão de dez pessoas e o bloqueio de R$ 47 milhões. Além disso, foram apreendidos três carros e R$ 100 mil em espécie.

Conforme o delegado-geral, em fevereiro houve a prisão de um cidadão de nacionalidade nigeriana com 60 quilos de cocaína e, em abril, o DRCO apreendeu mais 700 quilos da droga, o que motivou a continuidade das investigações e a deflagração desta terceira fase.

Descapitalização da organização

O delegado Mário Paulo, diretor do DRCO, explicou que o foco principal desta fase foi desarticular uma organização dedicada ao tráfico de cocaína com atuação predominante no Amazonas. Com o grupo mapeado, a investigação passou a priorizar a lavagem de dinheiro e a retirada de recursos do grupo.

Foram presas dez pessoas, sendo oito em Manaus e duas no Ceará. De acordo com as medidas adotadas, houve o bloqueio de R$ 38 milhões nas contas dos investigados e o sequestro de bens móveis e imóveis, incluindo uma residência no bairro Tarumã, zona oeste, avaliada em R$ 1,75 milhão, além de quatro veículos apreendidos.

Apreensão de 1,7 tonelada de drogas na região de Anori

Simultaneamente à Renorcrim, o DRCO, em conjunto com o COE da PMAM, interceptou na quinta-feira (04/12) uma embarcação e apreendeu 1,7 tonelada de drogas — identificadas como skunk e pasta base de cocaína — nas proximidades de Anori (a 234 quilômetros de Manaus). O prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 35 milhões.

O delegado-geral ressaltou que, nesta operação, os policiais do COE, com informações repassadas pelo DRCO, localizaram a grande quantidade de entorpecente. Segundo o diretor do DRCO, a investigação durou aproximadamente dez meses e identificou um grupo responsável pelo transporte de grandes carregamentos, que utilizava escolta armada desde a região de fronteira até Manaus.

Ao longo da semana, as equipes detectaram que o grupo havia feito o transbordo da carga de lanchas rápidas com escolta armada para uma embarcação regional do tipo pesqueiro, na tentativa de despistar a fiscalização. Com base nessas informações, equipes da COE iniciaram diligências e, na manhã desta sexta-feira, localizaram o barco pesqueiro na região de Anori.

Durante a abordagem, o material entorpecente foi encontrado escondido no porão da embarcação, sob uma carga de gelo. Dois homens, de 24 e 47 anos, que estavam a bordo foram presos e conduzidos ao DRCO para os procedimentos cabíveis. Além da droga, a embarcação também foi apreendida. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos.

O comandante da COE, major Ricardo Lemos, destacou o trabalho integrado entre a PC-AM e a PMAM, segundo ele responsável por apreensões expressivas ao longo do ano, e afirmou que as equipes continuarão atuando firmemente no combate a essa modalidade de crime.

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