Voluntariado como critério de desempate em seleções internas

Voluntariado é um tema cada vez mais relevante no contexto atual, especialmente quando se trata de processos seletivos em universidades. A recente aprovação do projeto de lei pela Comissão de educação da Câmara dos Deputados destaca a importância do voluntariado como critério de classificação ou desempate em seleções internas realizadas por instituições de educação superior. Essa proposta visa reconhecer o tempo de serviço voluntário, valorizando as experiências adquiridas pelos estudantes.

A ideia de considerar o voluntariado como um critério nas seleções internas é um avanço significativo. Os aspectos que poderão ser considerados incluem a duração da atividade voluntária, a área em que foi realizado, o período durante o qual a experiência foi prestada e a comprovação da atividade. Essa abordagem não apenas amplia as possibilidades de avaliação dos candidatos, mas também incentiva mais estudantes a se envolverem em atividades sociais.

A relatora do projeto, deputada Dayany Bittencourt (UNIÃO-CE), apresentou uma nova redação ao Projeto de Lei 4408/24, que estava inicialmente vinculado às Diretrizes e Bases da educação Nacional. Ao optar por alterar a Lei do Voluntariado, Bittencourt garante maior segurança jurídica à proposta, o que é fundamental em um país como o Brasil, onde as oportunidades de trabalho voluntário nem sempre são acessíveis a todos os estudantes.

A relatora ressaltou que a mudança permitirá que o critério de voluntariado seja aplicado apenas nos processos seletivos internos, evitando desigualdades. Essa é uma atitude importante, pois nem todos os alunos têm as mesmas condições para participar de atividades voluntárias. Reconhecer as experiências adquiridas por meio do voluntariado, sem impor um critério que penaliza aqueles que não têm acesso a essas oportunidades, é um passo necessário em direção à equidade nas seleções.

O projeto agora seguirá para a análise da Comissão de Constituição e justiça e de Cidadania, onde será avaliado em caráter conclusivo. Se aprovado, o projeto terá que passar pela votação dos deputados e senadores antes de se tornar lei. A expectativa é que essa iniciativa não apenas reconheça o valor do trabalho voluntário, mas também inspire outros setores a considerar a experiência de vida dos candidatos de maneira mais holística.

Essa mudança na legislação é uma resposta a uma demanda crescente por justiça social e igualdade de oportunidades no Brasil, refletindo uma visão mais inclusiva nas práticas educacionais. Universidades e instituições de ensino têm a responsabilidade de promover um ambiente onde todas as experiências, incluindo as adquiridas por meio do voluntariado, sejam valorizadas. Assim, as instituições de ensino superior poderão formar profissionais mais empáticos, conscientes e engajados com a realidade social do país.

Voluntariado, portanto, se estabelece não apenas como um critério, mas como um valor educativo fundamental, que PODE ajudar a moldar um futuro mais promissor e igualitário para todos os estudantes. A aprovação desse projeto de lei representa uma mudança positiva que poderá impactar a vida de muitos jovens e suas trajetórias acadêmicas e profissionais.

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