A informatização dos dados aconteceu entre 1985 e 1986 e foi fundamental para a transição do sistema eletrônico de votação
O Código Eleitoral de 1932, que comemora 90 anos este mês, já previa o “uso das máquinas de votar”. Mas essa transição para o meio eletrônico de votação só foi possível graças à informatização do cadastro dos eleitores, que aconteceu entre 1985 e 1986. A continuidade desse trabalho gerou a urna eletrônica, a votação eletrônica, a biometria e a proposta da identificação nacional do cidadão brasileiro.Ao consolidar um cadastro único e automatizado dos quase 70 milhões de eleitores existentes no país, a Justiça Eleitoral deu um importante passo para a modernização das eleições. A partir dele, todos receberam um número único de inscrição eleitoral. Até então, o controle dos eleitores era feito em cada estado, o que causava insegurança, podendo gerar duplicidade de inscrições para um mesmo eleitor.O recadastramento nacional ocorreu de 15 de abril até 6 de agosto de 1986 e foi realizado da seguinte forma: os eleitores compareceram aos cartórios eleitorais por duas vezes. A primeira para preencher os formulários que seriam cadastrados, e a segunda vez para buscar o título eleitoral já impresso no novo modelo (que incluía as armas da República em marca d’água no papel).
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