Compartilhe
Uma tarde para comemorar e reconhecer o trabalho de mulheres profissionais da magistratura, Ministério Público, advocacia e servidoras do TRT de Goiás. Esse foi o objetivo do lançamento da exposição virtual “Mulheres & Trabalho: Atuação e Protagonismo no Judiciário Trabalhista” em cerimônia realizada na tarde de quarta-feira (12/7), no lounge do Complexo Trabalhista de Goiânia.
A juíza Fabíola Evangelista, vice-coordenadora do Comitê de Documentação e Memória do TRT-18, e também uma das homenageadas da exposição, falou sobre a capacidade acolhedora e conciliatória da mulher desde o início da humanidade. A magistrada destacou o fato de a Justiça do Trabalho ser o ramo do Poder Judiciário com maior atuação feminina e também reconheceu a importância das mulheres que já passaram pelo Judiciário Trabalhista.
“Que vocês sejam sempre lembradas e festejadas, mas mais que isso: que sejam sempre fonte de inspiração para que, através da Justiça do Trabalho, possamos continuar a solucionar conflitos e a construir uma sociedade mais humana e igualitária”, desejou a magistrada a todas as homenageadas.
Abrindo seu discurso, o coordenador do Comitê de Documentação e Memória do TRT-18, desembargador Elvecio Moura dos Santos, trouxe uma citação da historiadora brasileira Emília Viotti ao afirmar que “um povo sem memória é um povo sem história”. Ele explicou que o Centro de Memória do TRT de Goiás busca, com esta exposição, resgatar e manter viva a história das mulheres que construíram e constroem o Judiciário Trabalhista.
O magistrado descreveu a exposição virtual como sendo “um tributo do TRT-18 a todas as mulheres que desafiaram as limitações sociais, cada uma a seu tempo, enfrentaram adversidades e se destacaram em um ambiente historicamente dominado pelos homens”. Elvecio finalizou sua fala agradecendo a atuação de todas as mulheres que integram a Justiça do Trabalho goiana.
Ao discursar, o presidente do Tribunal, desembargador Geraldo Nascimento, destacou que o evento celebra as conquistas femininas ao longo das últimas décadas, no Judiciário trabalhista goiano, assim como é um convite a perceber a necessidade de prosseguir na luta das mulheres para o enfrentamento dos graves problemas decorrentes da desigualdade de gênero que ainda persistem em todo o mundo.
Geraldo Nascimento parabenizou o desembargador Elvecio Moura, coordenador do Comitê de Documentação e Memória, pela louvável iniciativa de realizar esse resgate da memória e do orgulho dessas bravas mulheres, que, sem muito alarde, forjaram seus nomes na história da Justiça do Trabalho goiana. Por fim, fez uma especial reverência ao papel desempenhado pelas mulheres que exerceram o cargo máximo deste Tribunal: as ex-presidentes desembargadoras Ialba-Luza de Mello (in memorian), Kathia Albuquerque, Dora Maria da Costa e Elza Cândida da Silveira.
Depoimentos
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaíde Arantes disse que ficou emocionada com a homenagem aos seus 42 anos de carreira jurídica. “Muito significativo para mim esse reconhecimento. É também uma honra assistir a essa homenagem a tantas mulheres que deram a vida à Justiça do Trabalho”, ressaltou.
A advogada Maria Tereza Caetano completa 22 anos de atuação na área trabalhista e disse que a homenagem foi “certeira” nas escolhas e na “necessidade de lembrar o papel edificador da mulher na Justiça do Trabalho”.
Alciane Carvalho, juíza há quase 29 anos da 18ª Região, disse estar emocionada em receber a primeira homenagem que o tribunal faz especificamente para as mulheres da carreira jurídica. “É uma alegria encontrar todas as mulheres e voltar a abraçá-las”, destacou.
A servidora Geisa Campelo falou da gratidão e orgulho de fazer parte do TRT-18 há quase 30 anos. “É muito gratificante sentir o quanto somos estimuladas. Trabalho todos os dias com muita alegria e entusiasmo para bem servir a sociedade”, assinalou.
Fonte: TRT-18