A extensão dos igarapés em Manaus alcança cerca de 70 km, e a ocupação desordenada das margens, a baixa infraestrutura e a falta de monitoramento da qualidade das águas têm gerado condições insalubres, contribuindo para a propagação de doenças de veiculação hídrica. Diante deste cenário, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), por meio da Escola de Contas Públicas (ECP), e o Ministério Público de Contas (MPC) promoverão um seminário para discutir sobre a preservação dos igarapés em Manaus.
O evento ocorrerá no auditório do TCE-AM, no próximo dia 20 de março, das 8h às 12h, e reunirá autoridades, especialistas e membros da sociedade civil para discutir medidas emergenciais diante da grave situação de degradação ambiental dos recursos hídricos.
As inscrições para o seminário são gratuitas e abertas à sociedade civil, podendo ser feitas no site ecpvirtual.tce.am.gov.br.
O seminário, que ocorrerá durante a Semana da Água 2024, tem como objetivo geral estimular a discussão sobre a degradação dos igarapés e a falta de saneamento adequado, além de identificar projetos e iniciativas de recuperação e governança.
ProgramaçãoA programação do seminário incluirá palestras e debates com especialistas renomados da área ambiental, divididos em dois diferentes painéis. O primeiro deles focará em ações institucionais, e o segundo na apresentação de casos que exemplifiquem as discussões.
No primeiro painel, Daniel Nava, do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM); Sergio Duvosin, da Universidade do Estado do Amazonas; Carlos Sandro Carvalho, do Prof-Água/UEA; Eduardo Taveira, secretário de Estado do Meio Ambiente, e Ademir Stroski, secretário Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, discutirão temas como o monitoramento dos igarapés, os desafios da política pública de recursos hídricos e o planejamento para o saneamento municipal serão abordados pelos palestrantes.Já o segundo painel de palestras contará com Thiago Flores, profissional em gestão de regulação de recursos hídricos; Alexandre Rivas, diretor-geral da ECP; Jadson Maciel, presidente do Comitê de Bacia do Tarumã; e Jó Fernandes Farah, presidente da ONG Mata Viva.
Texto: Lucas SilvaFoto: Joel Arthus