O deputado Comandante Dan (Podemos) mostrou os dados sobre os Estados brasileiros que têm obtido o melhor desempenho na segurança pública e defendeu que o Amazonas adote uma nova política à área.
De acordo com o parlamentar, nas análises das peças orçamentárias em 2023, Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) foi constatado que o investimento em segurança tem caído ano após ano. “Inversamente proporcional às prioridades da população, que tem na ordem pública seu principal anseio”, declarou Câmara. Ele lembrou, ainda, que o Poder Legislativo Estadual está às vésperas de receber o projeto da LDO 2025.
“Não tenho esperanças de me deparar com um direcionamento de maiores investimentos à segurança, mas vamos propor emendas para tentar mudar essa realidade”, antecipou.
O deputado argumentou que os Estados com melhor desempenho em segurança pública são aqueles que investem na valorização dos seus agentes, o que inclui salários dignos, condições de trabalho adequadas e efetivo suficiente para atender às demandas da população. Ele defendeu a necessidade da realização de concursos públicos anuais para recompor o efetivo das polícias do Amazonas, que sofrem perdas significativas a cada ano.
Dan Câmara reconheceu a importância do recente chamamento de novos policiais, pelo Governo do Estado, mas enfatizou que é insuficiente. “É fundamental investir em políticas públicas de prevenção da violência, como educação, esporte e cultura, ferramentas para evitar que crianças e jovens se envolvam com a criminalidade”, argumentou.
Ele afirmou que é vital aprender com as boas práticas de outras unidades da federação que apresentam melhores indicadores de segurança pública, como Santa Catarina, Goiás e São Paulo e anunciou que trará representantes desses Estados para compartilhar suas experiências com as forças de segurança, parlamentares, autoridades e outros agentes públicos do Amazonas.
“Perdemos anualmente uma média de mais de mil vidas para o crime e a violência e não podemos nos conformar com isso e achar que acontece apenas entre membros de facções criminosas. Não existe bem mais precioso que vida e estamos banalizando a violência e desperdiçando a vida. Por isso, defendo o traçado de uma nova política à área”, finalizou.