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Prefeitura participa de evento sobre mortalidade materna na Amazônia

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), marcou presença na manhã desta terça-feira, 28/5, do “Simpósio Diálogos sobre Mortalidade Materna no Contexto Amazônico”, que aconteceu no auditório Telessaúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no bairro Cachoerinha, na zona Sul da capital e também foi transmitido pela plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube. O evento foi realizado pelos comitês estadual e municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal.

O Simpósio abordou o cenário da mortalidade materna no Brasil e no mundo, com destaque para os avanços e desafios, temática explanada pela médica de saúde pública Tatiana Pacheco Campo, que é consultora da Fundação Oswaldo Cruz e também atua na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Além disso, a programação também contemplou um panorama da mortalidade materna no Estado e na capital.

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Integrando a mesa de abertura, o subsecretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, destacou que, embora Manaus tenha experimentado uma significativa redução da taxa de mortalidade materna, este ainda se constitui como um cenário desafiador.

“A gestão municipal da saúde tem fortalecido e ampliado as ações de educação permanente voltadas aos profissionais da Atenção Primária, com o objetivo de qualificar a atuação técnica das equipes nos territórios  e fortalecendo o trabalho em rede entre os diferentes níveis de atenção à Saúde da capital”, disse.

A chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa, enfermeira Lúcia Freitas, que também é presidente do Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, destacou que o simpósio foi um momento importante para a troca de informações sobre o cenário da mortalidade materna.

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“Foi uma troca de conhecimentos muito proveitosa. O evento serviu para que os participantes fortalecessem seu compromisso em mudar o cenário da mortalidade materna, aprimorando os serviços e estimulando a adesão à assistência pré-natal, que é primordial para evitar os óbitos maternos”, salientou Lúcia.

A enfermeira Karine Souza, do Núcleo de Investigação de Óbitos, mostrou o cenário da mortalidade materna de Manaus no período de 2016 a 2023, em Manaus.

Dados

A redução da mortalidade materna ao longo dos últimos dois anos foi um dos pontos enfocados. Em 2021, a Razão da Mortalidade Materna (RMM), foi de 191,67 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos. No ano seguinte, em 2022, a RMM foi de 66,27 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos e, em 2023, foram 56,73 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.

Outro ponto abordado na explanação da profissional de saúde foi que de 2016 a 2022, 43,9% dos óbitos maternos ocorreram em mulheres entre 30 a 39 anos de idade, enquanto 35,2% corresponderam a mortes maternas na faixa dos 20 aos 29 anos. Apenas 11,3% dos óbitos ocorreram na faixa etária de 15 a 19 anos.

No ano de 2023, a maior ocorrência de óbitos, 52,6%, foi em mulheres dos 30 aos 39 anos de idade, enquanto 36,8% das mortes maternas aconteceram entre as de 20 a 29 anos.

Lucia Freitas avaliou que o cenário está sendo modificado aos poucos e assinala que a análise da Causa Raiz do Óbito Materno, metodologia que possibilita a identificação de aspectos que podem ser melhorados no fluxo de atendimento das Unidades de Saúde.

“Quando ocorre um óbito materno, a equipe analisa as possíveis inconsistências e após análise as equipes elaboram um plano de ação para que o sistema seja aprimorado cada vez mais”, explicou.

O evento também contou com exposição de relatos de experiências exitosas na rede municipal e estadual de saúde. Uma delas foi a do ‘Projeto Bom Parto: boas práticas no pré-natal com ênfase na humanização”, apresentado pela fisioterapeuta, Rafaella Bitar Bezerra, servidora da Unidade de Saúde do Parque das Tribos.

A mortalidade materna, que compreende o período da gestação até o puerpério (42º dia após o término da gravidez), é um indicador utilizado mundialmente como referência de desenvolvimento e qualidade de vida. A redução do óbito materno integra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização Mundial de Saúde (OMS), que trabalha com o objetivo de reduzir a taxa global de mortalidade materna para o parâmetro de menos de 70 por 100 mil nascidos vivos.

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Texto – Tânia Brandão / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

  

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