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Unidades de Conservação do Baixo Rio Negro recebem ações de combate integrado a focos de incêndio

Portal O Judiciário Redação

Focos estão sendo combatidos pelo Corpo de Bombeiros, com apoio da Sema e brigadistas comunitários

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro e Unidades de Conservação Estaduais adjacentes, na Região Metropolitana de Manaus, tem recebido uma série de ações para combate a focos de queimadas. As iniciativas estão sendo conduzidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), gestora das áreas, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e demais órgãos de Estado.

“A Sema não tem medido esforços para atender as Unidades de Conservação Estaduais e atuar nessa crise climática em nosso estado. Toda nossa equipe de gestão das UC está focada em atender as demandas das comunidades durante a estiagem, o que também inclui o combate aos focos de incêndios”, ressaltou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

As ações foram intensificadas a partir do dia 28 de agosto, no combate a um foco de incêndio no Lago do Acajatuba, situada dentro da RDS Rio Negro, na zona rural do município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). O combate na localidade foi liderado pela Sema, em parceria com a Associação-Mãe. Ao todo, foram quatro dias de ação para extinguir as chamas.

Entre os dias 5 a 10 de setembro, o combate ocorreu na comunidade São Pedro do Puduari, no Rio Puduari, em região abrangendo a Área de Proteção Ambiental (APA) da Margem Direita (PD) do Rio Negro – Paduari Solimões e o Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, situada no município de Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus). A ação foi realizada pela Sema, Defesa Civil do Amazonas, com apoio de comunitários.

FOTO: Divulgação/Sema

No dia 13 de setembro, até esta segunda-feira (16/09), as equipes estiveram mobilizadas em outro incêndio de grandes proporções no Lago do Acajatuba, mais precisamente no igarapé do Açaizal, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A força-tarefa incluiu servidores da Sema, do Corpo de Bombeiros, membros da Associação-Mãe e brigadistas comunitários.

“Nossos bombeiros estiveram empenhados na missão com foco em atuar de maneira intensa na área, evitando que os incêndios florestais se propagassem e consumissem áreas extensas da vegetação nativa. Foram mais de 200 focos combatidos, em pontos isolados da comunidade, em um trecho de, aproximadamente, sete quilômetros quadrados”, pontuou o comandante-geral do CBMAM, coronel Alexandre Gama.

No fim de semana, no sábado (14/09), uma equipe formada pelo Corpo de Bombeiros, Sema e brigadistas de Novo Airão saíram para combater um outro foco no Rio Puduari, também na comunidade São Pedro do Puduari. O foco foi apagado apenas nesta segunda-feira (16/09), entretanto, nesta terça-feira (17/09), as equipes continuam na localidade, atuando no combate a outro foco na região.

Reforço voluntário

As ações de combate têm contado com equipes de brigadas comunitárias, capacitadas por meio de um projeto conduzido pela Fundação Vitória Amazônica (FVA), no âmbito das atividades de gestão da Reserva da Biosfera da Amazônia Central (RBAC), integrada pela Sema e demais órgãos gestores. Ao todo, 44 brigadistas reforçam o combate na área da RBAC.

As Unidades de Conservação Estaduais do baixo Rio Negro também contam com o apoio de 28 Agentes Ambientais Voluntários (AAV) formados pela Sema para atuar, sobretudo, em ações de prevençãos aos focos.

FOTO: Divulgação/Sema

Ocorrências

De acordo com informações colhidas junto aos comunitários, as chamas são criminosas, tendo sido comumente iniciadas por pessoas de fora da Unidade de Conservação. Além disso, atividades ligadas à extração ilegal de madeira também estão ligadas à origem das chamas. É o que explica o gestor das UC do Baixo Rio Negro, Jaime Gomes.

“A maioria dos focos é causada por pessoas que vêm para fazer a limpeza de terrenos e as chamas saem do controle, além de queima de madeira. Outra situação que tivemos conhecimento teria envolvido uma operadora de turismo. Segundo relatos, foi feita uma fogueira durante uma atividade turística, não foi apagada e o fogo se propagou. O maior prejuízo infelizmente fica para os moradores”, relatou.

Agora, a equipe de gestão das UC está levantando informações dos proprietários, para que sejam repassadas às equipes de comando e controle, para averiguações e responsabilização dos ilícitos, uma vez que a prática de fogo está proibida em 22 cidades do Amazonas, incluindo a região metropolitana de Manaus, desde 5 de julho de 2024, conforme Decreto Governamental. A proibição é válida por 180 dias e inclui o uso de técnicas de queima controlada.

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