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Comandante Dan enfatiza que Fundo Amazônia precisa ser usado em favor do Amazonas

Na Sessão Plenária desta quinta-feira (10/10), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Comandante Dan (Podemos) deu visibilidade à informação que somente 11% dos R$ 643 milhões captados pelo Fundo Amazônia em 2024 foram repassados a projetos. O parlamentar defendeu que o Fundo tenha uma destinação mais imediata para atender às demandas provocadas pela vazante recorde.

“Estamos vivendo uma tragédia sem precedentes. Em plena Amazônia, rios inteiros secaram, portos estão desmoronando, a única estrada de ligação do Estado com o restante do país tem sérias dificuldades de trafegabilidade. Há cidades completamente isoladas, porque inclusive não possuem pista de pouso. É inconcebível que se tenha um recurso grande não reembolsável disponível e não seja utilizado em favor da preservação das pessoas que vivem na Amazônia”, se pronunciou Dan Câmara da tribuna da Aleam.

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O parlamentar lembrou que desde 2023 vem defendendo um programa de gestão integrada entre os poderes Executivos federal, estadual e municipais. Câmara defende que a medida seria a mais apropriada para o enfrentamento dos efeitos da crise climática no Amazonas.

“O Governo Federal nomeou um representante daquele Executivo para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul, enquanto durasse a calamidade das enchentes que atingiram a região. A tragédia da vazante precisa de uma medida similar, até para coordenar as ações e os recursos já disponíveis da União em território amazonense. Mas sequer foram capazes de fazer isso. Precisamos para ontem de uma gestão integrada das estruturas públicas federais e da integração com as estaduais e municipais”, pontuou o parlamentar.

Autoridade climática e assembleia itinerante

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Comandante Dan também falou da proposta da criação da Autoridade Climática, iniciativa da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, que foi considerada incipiente pela cúpula do Palácio do Planalto. A iniciativa seria uma forma de resposta à seca e às queimadas florestais. O monitoramento do cumprimento de metas sobre mudanças climáticas seria uma das atribuições da autoridade proposta.

“Não conseguimos que a ministra do Meio Ambiente compreenda o que a região da qual ela é egressa precisa.  Estamos nos perdendo e jogando tempo e recursos fora, fazendo reuniões e reuniões em Brasília. Precisamos sim de um centro avançado de gestão federal aqui no Amazonas. Queremos menos discurso e mais ações”, destacou Câmara.

Na sessão do dia anterior, 9 de outubro, ele propôs a realização de assembleia itinerantes nos municípios da BR-319 e nas regiões mais afetadas do Amazonas e sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse convidado, bem como os ministros ligados à integração regional, portos e aeroportos, planejamento, meio ambiente, combate à fome, entre outros.

         

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