Wilker Barreto critica possível aumento na tarifa do ônibus em Manaus

O Judiciário

Na quarta-feira (12/2), o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) questionou a confirmação do reajuste da passagem de ônibus na capital, sob a justificativa da economia de R$ 200 milhões ao ano, realizada pelo prefeito David Almeida (Avante), na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Segundo o parlamentar, economizar sem implementar medidas essenciais para melhorar o serviço é sinal de má gestão dos recursos.

Na tribuna do Legislativo, Wilker Barreto apontou que a gestão municipal deveria ter analisado a planilha de custos nos últimos três meses e implementado correções antes de transferir o ônus para a população. O deputado também criticou a omissão do prefeito em relação a pontos fundamentais, como a regulamentação do marco temporal do transporte, a revisão dos contratos e a redução do tempo de espera dos ônibus.

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“Na mensagem, ele disse que está enxergando R$ 200 milhões, que poderia economizar na tarifa. A eleição terminou em outubro, 90 dias não seriam suficientes para fazer um estudo dentro da planilha? Quer dizer que é o seguinte, passa o preço para o povo e depois eu vou encontrar a economia. Por que que essa avaliação só será feita depois do aumento? 200 milhões de economia e o prefeito não falou na regulamentação do marco temporal do transporte, não falou em revisão de contratos, não falou em diminuição do tempo de espera de ônibus. Isso não é gestão”, declarou.

Problemas estruturais

A falta de planejamento e execução das ações da Prefeitura de Manaus, também foram problemas citados pelo deputado. O parlamentar questionou a ineficiência de programas como o Asfalta Manaus, apontando a ausência de melhorias efetivas nas ruas, e relembrou o alerta que fez sobre falhas estruturais no viaduto recentemente inaugurado, onde tragicamente já ocorreram acidentes. Para ele, a omissão do poder público contribui diretamente para os desastres estruturais, que afetam aqueles que já vivem em condições precárias.

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“Eu trouxe nesta mesma tribuna a inconsistência no Asfalta Manaus. Cadê as ruas? Eu anunciei, desta mesma tribuna, que no viaduto Rei Pelé iria morrer gente, e assim aconteceu. O que eu quero é fazer um apelo, porque todas as vezes que eu vejo o tempo escurecer em Manaus, eu sei que a cidade vai alagar. Porque as dragagens naturais da nossa cidade são nossos igarapés e a cidade está abandonada. E quando alaga, a cidade tira um pouco daquele que pouco tem. Porque ninguém escolhe morar numa área de risco porque quer”, lamentou.

 

         

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