Câmeras corporais – Comissão suspende normas

Câmeras corporais são um tema polêmico e importante no contexto da segurança pública no Brasil. Nesta última decisão, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado do Congresso Nacional aprovou um projeto de decreto legislativo (PDL) que suspende duas normas relacionadas ao uso de câmeras corporais por policiais. Essas normas, estabelecidas nas portarias nº 572/24 e nº 648/24, definem padrões mínimos para as câmeras, como qualidade das imagens, armazenamento das gravações e treinamento dos policiais.

O PDL 294/24, que trouxe à tona essa discussão, foi defendido pelo deputado Sargento Portugal (PODE-RJ). O relator apontou que o Executivo extrapolou sua competência ao regulamentar um tema que deveria ser normatizado por lei. Segundo ele, a Lei 13.675/18, que institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), não aborda especificamente o uso de câmeras corporais em suas diretrizes.

“O uso de câmeras corporais é fundamental para a transparência e para a proteção tanto dos cidadãos quanto dos próprios policiais”, afirmou Sargento Portugal. Ele reforçou a importância de que as decisões relacionadas à segurança pública sigam os princípios constitucionais, evitando quaisquer abusos que possam ameaçar os direitos civis.

As câmeras corporais têm o potencial de aumentar a responsabilidade e a transparência nas ações policiais. Com a aplicação correta desta tecnologia, é possível promover uma interação mais segura e adequada entre policiais e cidadãos. Entretanto, Portugal destacou que as medidas devem sempre respeitar os pilares do Estado de Direito e da legalidade.

O projeto em questão fundiu-se a outras cinco propostas que tramitam em conjunto no Congresso. Agora, o PDL 294/24 será analisado pela Comissão de Constituição e justiça e de Cidadania (CCJ), e depois seguirá para o Plenário. Para que entre em vigor, a proposta deve ser aprovada nas duas casas do Legislativo, ou seja, na Câmara e no Senado.

É importante ressaltar que o tema das câmeras corporais não se resume apenas a questões legais, mas envolve também debates sobre direitos humanos e acesso à justiça. O uso adequado dessas ferramentas PODE contribuir para a construção de uma polícia mais eficiente e justa. O que se espera é que as normas, caso sejam reavaliadas, possam ser desenvolvidas com base em critérios técnicos e legais que garantam a segurança de todos.

Por fim, a discussão sobre câmeras corporais é apenas uma das várias questões que envolvem a utilização de tecnologia no setor de segurança pública. O impacto dessas medidas será monitorado de perto por diferentes setores da sociedade, que buscam garantir um equilíbrio entre segurança e direitos individuais. A tramitação desse projeto e seu desfecho servirão de referência para políticas relacionadas ao uso de tecnologia na segurança.

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