Turistas estrangeiros foram o tema central de uma audiência na Comissão de turismo da Câmara, onde o ministro do turismo, Celso Sabino, fez uma apresentação otimista sobre sua gestão. Segundo Sabino, o Brasil está experimentando o melhor momento de sua história no turismo, e a meta para 2025 é receber 10 milhões de turistas estrangeiros.
Em 2024, o Brasil já registrou 6,7 milhões de turistas estrangeiros, e os números de 2025 mostram um crescimento ainda mais impressionante, superando 7 milhões de visitantes até setembro. Sabino afirmou: “O desafio do próximo ano será superar 10 milhões de turistas estrangeiros e buscar 11, 12, 13 milhões”.
Os investimentos no setor são significativos, com R$ 2 bilhões alocados pelo Fundo Geral de turismo (Fungetur) nos últimos dois anos e meio. Além disso, o ministro mencionou a criação da escola Nacional do turismo, que tem aproximadamente 30 mil alunos em cursos de capacitação, um investimento no futuro do turismo no Brasil.
O Programa Brasil Realiza, que financia pacotes de viagens em até 60 parcelas, e o Programa de Aceleração do turismo Internacional (Pati), que aumentou em 18% o número de assentos disponíveis em voos internacionais para o Brasil, são outras iniciativas que visam o fortalecimento do setor.
A legitimidade e a importância do papel do Brasil no turismo global tiveram reconhecimento por parte da ONU turismo, que destacou o país como o segundo que mais cresceu no setor em 2025, posicionando-o em 4º lugar nas Américas, atrás apenas de EUA, Canadá e México. A força do turismo no Brasil também é refletida no emprego, com quase 8 milhões de brasileiros trabalhando no setor.
O papel do Congresso foi destacado, com Sabino agradecendo pela aprovação de propostas que fortalecem o setor, entre elas a Lei Geral do turismo, que introduziu maior segurança jurídica e estabilidade econômica ao segmento.
No entanto, Celso Sabino está prestes a deixar o ministério, uma vez que seu partido, o UNIÃO Brasil, decidiu sair do governo. Ele é um deputado federal licenciado que retornará à Câmara por decisão do partido. A saída acontecerá após a visita do presidente Lula a Belém, onde ele vistoriará obras da COP30.
Quem elogiou a gestão de Sabino nas audiências da Câmara foram deputados de diferentes partidos, incluindo membros da oposição. O presidente da comissão, Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), ex-ministro do turismo, mencionou que muitos recordes foram alcançados durante sua gestão, caracterizando este período como um divisor de águas para o setor.
Além do turismo tradicional, um foco importante da audiência foi o turismo religioso, que movimenta milhões de fiéis durante eventos católicos e evangélicos. Eventos como o Círio de Nazaré (PA) e a Marcha para Jesus são exemplos desse crescimento. O reitor do Cristo Redentor, padre Omar Raposo, apresentou o conceito de turismo plurirreligioso, que inclui várias religiões, inclusive as de matriz africana. De acordo com pesquisas da Fundação Getulio Vargas, o turismo religioso, como o do Cristo Redentor, gera R$ 1,4 bilhão no PIB brasileiro e R$ 300 milhões em tributos anualmente para o estado do Rio de Janeiro.
A deputada Simone Marquetto (MDB-SP) afirmou que a comissão tem discutido políticas públicas voltadas para o crescimento do turismo religioso, enquanto o deputado Bibo Nunes (PL-RS) ressaltou que esta é uma área que continua crescendo rapidamente. Durante a audiência, também estavam presentes representantes da ExpoCatólica e da Basílica de São Miguel Arcanjo (SP), além de acadêmicos do setor.
A gestão de Celso Sabino é um reflexo das tendências e do potencial do Brasil em receber turistas estrangeiros, e as expectativas para os próximos anos são extremamente promissoras. A combinação de investimentos, políticas eficazes e uma infraestrutura crescente PODE colocar o Brasil em uma posição de destaque não apenas na América Latina, mas no cenário global do turismo.