Transporte por aplicativo: novas regras municipais

Transporte por aplicativo é um tema de grande relevância no cenário atual de mobilidade urbana. A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Projeto de Lei 1498/25, que atribui exclusivamente aos municípios e ao Distrito Federal a responsabilidade pela regulação, autorização e fiscalização desse tipo de transporte. Essa decisão visa consolidar um padrão mínimo para os serviços de transporte individual de passageiros, que agora incluem também os motoristas de aplicativos.

Com a nova medida, motoristas de aplicativo precisarão obter autorização da prefeitura, seguindo as mesmas regras estabelecidas pela Lei do Taxista. Isso significa que os profissionais estarão sujeitos a exigências como comprovação de idoneidade, capacitação técnica, realização de exames de saúde e uso de veículos que atendam a critérios de segurança e conforto. Essa abordagem garante que a qualidade do serviço oferecido ao público esteja em conformidade com normas específicas e que priorizem a segurança de todos os usuários.

Outra mudança significativa trazida pela regulamentação do transporte por aplicativo é a responsabilidade das prefeituras na fixação das tarifas. As administrações municipais precisarão observar princípios de modicidade, ou seja, garantir que os valores cobrados sejam justos e acessíveis. Além disso, deverão definir critérios técnicos para os veículos utilizados e esclarecer os direitos e deveres tanto de motoristas quanto de usuários. Isso ajudará a evitar conflitos entre taxistas e motoristas de aplicativo, promovendo uma concorrência mais saudável e equitativa.

Uma das inovações destacadas no projeto aprovado é a possibilidade de as prefeituras cobrarem tarifas pelo uso da infraestrutura viária. Esses recursos arrecadados serão destinados a melhorias no sistema de mobilidade urbana, com foco em infraestrutura viária e transporte, expansão dos serviços em áreas carentes e integração com outros modais de transporte público. Essa alocação de recursos será essencial para desenvolver uma malha de transporte mais eficiente e acessível a todos os cidadãos.

Além disso, o projeto garante que 10% das licenças para motoristas de aplicativo sejam reservadas para condutores com deficiência, desde que os veículos sejam de sua propriedade e adaptados. Essa medida é um passo importante para promover a inclusão e a acessibilidade nos serviços de transporte, assegurando que todos tenham a oportunidade de trabalhar e se deslocar de maneira digna.

Atualmente, as regras para o transporte por aplicativo variam de cidade para cidade, o que gera lacunas regulatórias e conflitos. Com a aprovação desse projeto, há a expectativa de que ocorra uma uniformização das diretrizes nacionais, permitindo que cada município mantenha sua autonomia, mas dentro de um padrão nacional que vise a qualidade e a segurança no transporte.

A proposta segue agora para análise das comissões de Viação e Transportes, além de Constituição e justiça e de Cidadania, antes de passar pelo crivo da Câmara e do Senado para se tornar lei. O papel das comissões será vital para a discussão de cada aspecto do projeto, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e que a legislação final atenda da melhor maneira possível a todos os envolvidos.

O transporte por aplicativo não é apenas uma comodidade, mas uma necessidade crescente na vida urbana moderna. Com as novas regras, espera-se que a experiência de motoristas e usuários seja aprimorada, gerando um impacto positivo na mobilidade das cidades brasileiras. O cenário do transporte público está em constante evolução, e essa é mais uma etapa para se alcançar um sistema mais justo e eficiente.

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