turismo de base comunitária é a chave para o futuro do Vale do Catimbau. Com um grande potencial turístico e ambiental, o Vale ainda luta contra o baixo desenvolvimento social, com IDHs que vão de 0,527 a 0,552. Este cenário evidencia a necessidade de uma abordagem que coloque a comunidade no centro das atividades turísticas. Ao implementar o turismo de base comunitária, as iniciativas devem respeitar a identidade cultural local e garantir que os benefícios econômicos sejam compartilhados com a população.
Durante uma audiência pública organizada pela Comissão de Integração Nacional e desenvolvimento regional, representantes do governo enfatizaram a importância de políticas públicas que promovam o turismo de base comunitária no Vale do Catimbau. O intuito é que qualquer projeto turístico não seja apenas uma atratividade passageira, mas sim uma fonte contínua de benefícios para a comunidade local.
Tadeu Alencar, do Ministério do empreendedorismo, destacou que o modelo de turismo adotado na região deve evitar a criação de resorts que não contribuam para a economia local. Segundo ele, é imprescindível que o turismo de base comunitária traga um retorno real para a população. Isso PODE ser feito através de iniciativas que valorizem os recursos naturais e culturais da região sem comprometer a essência do território.
Vinícius Almeida, representando o MCTI, concordou ao afirmar que qualquer desenvolvimento na área deve incluir a participação ativa dos moradores locais. Para ele, o verdadeiro impacto positivo só ocorrerá se a realidade da comunidade for respeitada e se os moradores forem envolvidos nas decisões que afetam suas vidas.
Ele sugere que o MCTI tem o potencial de atuar no fortalecimento de habilidades técnicas, como letramento digital e acesso a laboratórios makers, que podem capacitar a comunidade e, consequentemente, impulsionar o turismo de base comunitária.
Outro fator relevante discutido na audiência foi a criação do Fundo da Caatinga, que pretende mobilizar cerca de R$ 100 milhões para ações que visam a preservação ambiental e geração de renda. O deputado Pedro Campos acredita que os recursos poderão ser utilizados para projetos que fortalecem o turismo ecológico na região, como a criação de museus e a educação ambiental.
É possível que esse fundo beneficie diretamente o Parque Nacional do Catimbau, aumentando a conscientização e promovendo o valor da caatinga entre os visitantes. O apoio do BNDES também é fundamental, pois o banco está disposto a colaborar com a implementação de projetos que ajudem a impulsionar o desenvolvimento dos empreendedores locais, que são vitais para o sucesso do turismo de base comunitária.
Além disso, a infraestrutura deve ser melhorada para facilitar o acesso dos turistas ao Parque. Estradas e vias de acesso mais adequadas podem abrir novas oportunidades para o turismo sustentável na região, replicando o que foi feito na Serra da Capivara.
Por fim, o futuro do turismo no Vale do Catimbau está intimamente ligado à capacidade de integrar a comunidade, respeitar sua cultura e promover um modelo de desenvolvimento sustentável. O turismo de base comunitária não é apenas uma alternativa, mas uma necessidade para garantir que tanto o meio ambiente quanto a sociedade locais possam prosperar juntos.
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