A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de saúde (Semsa), chamou atenção para a prematuridade na Semana da Prematuridade, iniciada na segunda-feira, 17/11. Segundo a gestão, o pré-natal e o seguimento regular nas Unidades Básicas de saúde (UBSs) são medidas centrais para prevenir partos antes de 37 semanas e para garantir cuidados aos recém-nascidos prematuros.
Redução e números
A chefe do Núcleo de Atenção à saúde da Criança e do Adolescente da Semsa, enfermeira Janaína Terra, informou que a taxa de nascimentos prematuros na capital caiu de 11,3%, no ano passado, para 11% na parcial deste ano, até o início de novembro. De acordo com dados da Semsa, foram registrados 2.824 partos antes da 37ª semana de gestação neste ano, até dia 7/11, correspondendo a 11% do total. Em 2024, foram 3.510 partos prematuros, ou 11,3% do total.
O período considerado ideal de gestação é de 37 a 42 semanas. O nascimento antes de 37 semanas aumenta o risco de problemas como baixo peso e complicações respiratórias. Os níveis de prematuridade são classificados por idade gestacional: tardio (34 a 36 semanas), moderado (32 a 33 semanas), muito prematuro (28 a 31 semanas) e extremo (menos de 28 semanas).
Cuidados e acompanhamento
Janaína Terra explicou que muitos bebês prematuros não precisam permanecer por longos períodos em internação, mas demandam cuidados específicos que devem continuar após a alta. Ela ressaltou que a criança prematura precisa de atenção maior que a nascida a termo e deve ser preferencialmente acompanhada por um pediatra da atenção primária, que monitora o desenvolvimento motor e cognitivo.
A Semsa informou que 35 unidades municipais contam com profissionais de pediatria, o que facilita o seguimento na REDE básica. O acompanhamento nas UBSs inclui consultas, orientações e exames destinados à saúde da mãe e do bebê.
Fatores de risco e prevenção
A secretaria destacou o papel do pré-natal na detecção e prevenção de condições associadas à prematuridade. Conforme Janaína, fatores como hipertensão gestacional não controlada, infecção urinária não tratada ou tratada inadequadamente e sífilis congênita podem levar ao parto prematuro e costumam ser identificados durante o acompanhamento gestacional na REDE básica.
Qualificação Profissional e método Canguru
A Semsa, por meio da Divisão de Atenção à saúde da Mulher, mantém ações contínuas de qualificação das equipes que atuam no pré-natal. Os profissionais são capacitados para detectar sinais de alerta e fazer a estratificação de risco da gestação, de modo que gestantes de alto risco sejam encaminhadas à atenção especializada quando necessário.
As equipes participam regularmente de cursos sobre o método Canguru, modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e à família que começa durante a gravidez de risco e prossegue até a alta. Em formação recente de tutores promovida pelo Ministério da saúde, há dois meses, foram capacitados 11 profissionais da REDE municipal, entre enfermeiros e médicos da REDE e da Maternidade Moura Tapajóz (MMT). Segundo Janaína, o método incentiva a participação dos pais no cuidado, incluindo o contato pele a pele, que contribui para a evolução clínica do bebê.
Legislação e mobilização
A Semana da Prematuridade foi instituída pela Lei nº 15.198, de 8 de setembro, e é celebrada anualmente na semana que inclui o dia 17 de novembro, definido como Dia Nacional da Prematuridade. A norma também instituiu o “Novembro Roxo”, mês dedicado à prevenção do parto prematuro, à conscientização sobre riscos e à garantia de direitos das crianças prematuras e de suas famílias.
Texto – Jony Clay Borges/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa
Assuntos nesse artigo:
#prematuridade, #Manaus, #Semsa, #prenatal, #ubs, #pediatria, #partosprematuros, #metodocanguru, #maternidademouratapajoz, #uti, #novembroroxo, #diadonacionaldaprematuridade, #hipertensaogestacional, #infeccaourinaria, #sifiliscongenita, #atencaoprimaria
