Comissão aprova projeto que prevê ajuda do governo para reconstruir casas em área atingida por desastre

01/12/2025 – 14:03  

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Max Lemos, relator do projeto

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o Cartão Reconstruir, com subsídios para compra de materiais de construção destinados à reforma, à ampliação ou à conclusão de casas em locais afetados por desastres.
Por sugestão do relator, deputado Max Lemos (PDT-RJ), foi aprovada a versão da Comissão de Integração Nacional e desenvolvimento regional para o Projeto de Lei 3141/23, do Senado. O substitutivo limita a ajuda a R$ 100 milhões por ano.
“O balanceamento entre rapidez da recomposição, qualidade técnica das obras e não retorno a áreas de risco constitui arranjo adequado para reduzir danos futuros e assegurar padrão mínimo nas intervenções”, disse o relator no parecer.
Principais pontosConforme a versão aprovada, o valor do benefício será definido pelo governo federal. O programa será nacional e, além de recursos do Orçamento da UNIÃO, poderá ter apoio financeiro dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
O programa será destinado a inscritos no cadastro único para programas sociais (CadÚnico), de 18 anos ou mais ou emancipados, com imóvel residencial em áreas declaradas em situação de emergência ou de calamidade pública.
Conforme a proposta, terão prioridade as famílias:
com pessoas que morreram ou se tornaram inválidas em decorrência do desastre;
com pessoas idosas ou com deficiência; e
as de menor renda cujo responsável pela subsistência seja mulher.
“Essas medidas permitirão uma resposta condizente com a urgência daqueles que se encontram em condições mais vulneráveis”, afirmou o autor da proposta, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), ao defender a criação do Cartão Reconstruir.
Próximos passosO projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e tributação; e de Constituição e justiça e de Cidadania. Se a versão aprovada for mantida pela Câmara, o texto retornará para análise do Senado.
Para virar lei, o texto final precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Da Reportagem/RMEdição – Marcia Becker

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