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ALEAM – Deputado Cabo Maciel propõe que as ruínas de Velho Airão sejam declaradas Patrimônio Histórico e Cultural

Redação O Judiciário

O membro da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Cabo Maciel (PL), apresentou à Casa um Projeto de Lei (PL) que declara as ruínas de Velho Airão, localizadas no município de Novo Airão (distante 115 km de Manaus em linha reta), sejam declaradas Patrimônio Histórico e Cultural do Amazonas. O município fica na região metropolitana de Manaus e é reconhecido pelo seu potencial turístico.
As ruínas foram tombadas em 2005 pelo Governo Federal, mas desde então várias denúncias foram feitas sobre a falta de conservação do local. “Declarar essas ruínas de Velho Airão como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Amazonas é possibilitar mais meios de proteger e preservar o local que, além do gigantesco potencial turístico, é de valor incomensurável à memória histórica do Amazonas”, explica Cabo Maciel.
O deputado explica que o tombamento das ruínas pelo Governo Federal garante os bens materiais pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), mas torná-las Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Amazonas garante, além da proteção e preservação do que resta das construções e artefatos, a proteção do que é imaterial: a história, a cultura e a memória de nosso povo.

História da região
Airão foi uma das cidades mais importantes do Médio Rio Negro, da época dos colonizadores portugueses até a Segunda Guerra Mundial, momento ao qual experimentou o crescimento econômico em função da ampla procura do látex da Amazônia para a fabricação de pneus e materiais cirúrgicos. Ainda que as lendas afirmem que a decadência de Airão se deu por conta de ataque insustentável de formigas de fogo, a história documentada determina que a evasão do local ocorreu em função do rápido e não sustentável crescimento econômico gerado nos seringais entre 1880 e 1914.
A saída dos moradores da antiga sede para Novo Airão aconteceu após a decadência econômica dos seringais. Ficaram para traz artefatos únicos e de inestimável importância para a preservação da memória e da história amazonense, que o Projeto de Lei busca proteger. O autor da propositura conta com a compreensão dos demais deputados para torná-la Lei.

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