Antiga Sede do Poder Judiciário Estadual, passa a ser o espaço dedicado à preservação da memória da instituição que acaba de completar 130 anos.
Autoridades presentes à solenidade de instalação do Museu do Judiciário do Amazonas (Mujam), ocorrida na manhã desta terça-feira (24/08), destacaram a importância da criação do espaço, como forma de preservar a história e permitir que a cidade conheça melhor o trabalho da Justiça.
“O desembargador Domingos Jorge Chalub teve uma iniciativa muito louvável ao fortalecer essa parceria com o Governo do Estado, por meio de sua Secretaria de Cultura, em prol da preservação da memória do Judiciário do Amazonas. Não teremos nem presente nem futuro se não honrarmos e não lembrarmos do nosso passado. A proposta é que possamos, neste espaço, registrar a evolução do Tribunal de Justiça em prol do cidadão e do jurisdicionado. O prédio é maravilhoso, muito bem conservado, e esperamos continuar ampliando o acervo do museu”, disse o desembargador Délcio Luís Santos, que preside a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD/TJAM).
A desembargadora Socorro Guedes, que também participou presencialmente da solenidade desta terça, falou das boas lembranças que o espaço, doravante denominado Museu do Judiciário do Amazonas, lhe trazem à memória. “Saí da minha casa hoje muito feliz, em primeiro lugar porque depois de quase um ano e meio de pandemia, voltaria a me reunir com meus colegas e, em segundo lugar, por voltar a esse espaço onde, no início da minha carreira, há quase 17 anos, tomei posse iniciando minha vida na judicatura de Segundo Grau. É um momento histórico e feliz, em que nos congratulamos e dizemos: viva o Judiciário, que presta um serviço tão relevante à sociedade”, disse a desembargadora Socorro Guedes.
“Todo povo tem a sua história e o Amazonas tem que ter a sua. O Tribunal de Justiça faz parte dessa história do Estado, daí a importância desse momento que contribuirá para a preservação da memória dessa instituição”, disse o desembargador Flávio Pascarelli, pouco antes de participar da solenidade de instalação do Mujam.
O desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior, outro membro da Corte Estadual de Justiça que participou presencialmente da solenidade, fez questão de estar acompanhado por seu pai, o desembargador aposentado Lafayette Carneiro Vieira. “A instalação do Museu do Judiciário é um marco histórico, e o mais bonito para mim é ter trazido meu pai que, em outras épocas, foi desembargador aqui neste centenário e belíssimo espaço”, comentou Lafayette Júnior.
O evento de instalação do Museu do Judiciário fez com que a juíza convocada para atuar como desembargadora Mirza Telma Cunha também relembrasse do seu início na magistratura. “A instalação do Museu do Judiciário é de grande importância para que a população tome conhecimento da história do nosso Tribunal e de quantas lutas nós travamos. Para mim, pessoalmente, é um momento muito especial. Fui entrando aqui e recordando tudo que vivi quando comecei na magistratura”, destacou ela.
A desembargadora Vânia Maria Marques Marinho, afirmou que este 24 de agosto ficará como uma data especial para a história da Justiça do Amazonas. “É o resgate do Poder Judiciário em nosso Estado e é fundamental que essa memória seja compartilhada com a sociedade para que cada vez mais o Poder Judiciário se aproxime dos jurisdicionados”, disse a magistrada.
O desembargador Jomar Fernandes também enfatizou a importância do resgate da memória do Poder Judiciário do Amazonas. “É um Poder Judiciário centenário e mais antigo do Brasil. Com a criação do museu não somente o Tribunal de Justiça ganha, mas toda a sociedade, que pode dispor de um espaço reservado ao resgate de toda a história do Judiciário amazonense. Estamos todos nós de parabéns”, afirmou o magistrado.
Para o desembargador Abraham Campos Peixoto Filho, a instalação do Museu do Judiciário é um marco e permitirá resgatar a história centenária da casa que atua em prol da Justiça. “É uma história muito longa e muito bonita, a qual merece ser contada e conhecida por nossos conterrâneos”, disse ele.
O gerente-geral do Arquivo Central do Tribunal e secretário da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD/TJAM), Pedro Souza Neto, afirmou que a proposta é dinamizar o Museu do Judiciário e, assim, trabalhar um pouco mais a cultura e a história do Poder Judiciário, atendendo as normativas do Conselho Nacional de Justiça, com base nas diretrizes do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname). “É um dia histórico para o Amazonas, conseguimos essa retomada e trabalharemos nesse dinamismo para demonstrar nossos valores e o que podemos, em termos de potencial histórico, apresentar para a sociedade amazonense”, disse o gerente.
O historiador Juarez Clementino da Silva Júnior, que integra a equipe do Arquivo Central do Tribunal de Justiça, afirmou que o evento desta terça-feira representa “praticamente a realização de um sonho que começou há cinco anos e que, agora, estamos vendo se concretizar”. Para ele é importante ter a preservação da memória da instituição e dividir isso com a sociedade amazonense. “É o retorno da Justiça para o Palácio e, hoje, é um dia histórico”, disse o historiador.
Prestigiando o evento, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Roberto Cidade, além da importância do evento, também salientou o significado do prédio histórico que passa a funcionar como Museu do Judiciário do Amazonas. “Fui convidado pelo presidente Domingos Chalub para a instalação do Museu do Judiciário como parte dos festejos pelos 130 anos do Tribunal de Justiça. Temos pontos turísticos, como esta centenária construção, para os quais precisamos olhar com carinho, porque isso é resgatar a cultura amazonense”, ressaltou o parlamentar.
Paulo André Nunes
Foto: Raphael Alves
Revisão de texto: Joyce Tino
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