“Braços Abertos para Adoção” leva crianças e adolescentes ao Cristo Redentor

Portal O Judiciário Redação

Compartilhe

Samanta, de 11 anos, adora animais e quer ser veterinária. Vitória, de 12, gosta de estudar, deseja ler todos os livros de Harry Potter e sonha em ser delegada. Lara, de 8 anos, curte a personagem Moana, da Disney. Bernardo, de 7, ama futebol e desenho japonês. José, com 17, pensa em ser advogado como a irmã mais velha. Em comum, estas crianças e adolescentes têm um objetivo maior: ganhar uma família. Eles fizeram parte do grupo que, nesta quinta-feira (27/10), visitou o Cristo Redentor na terceira edição da campanha Braços Abertos para Adoção, uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com apoio do Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor e do Trem do Corcovado que busca incentivar e dar visibilidade à questão, destacando a importância do acolhimento destes menores.

No evento, as crianças receberam lanches, presentes, visitaram as instalações do Cristo Redentor – grande parte pela primeira vez -, receberam informações sobre a história da construção do monumento e esbanjaram sorrisos e emoção durante o passeio.

“É muito legal, estou adorando”, afirmou com alegria Samanta, há três anos vivendo em um abrigo. Já Bernardo destacou do que mais gostou: “Adorei ver o Maracanã”, contou. Os irmãos Juan, de 12 anos, e Renan, de 13, estão há cerca de um ano à espera de adoção e nunca tinham ido ao Cristo. Ambos já têm planos para o futuro: sonham em seguir carreira militar.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, destacou que a iniciativa é motivo de orgulho para o Judiciário.

“Temos que sempre trabalhar com quem faz o bem, com quem está sempre próximo das pessoas, olhando para os necessitados. A Igreja, aqui representada, é um braço muito forte neste trabalho tão bonito, tão importante, que a gente ajuda a realizar na nossa cidade, no nosso estado. Esse programa Braços Abertos para Adoção é uma iniciativa que dá muito orgulho a toda a Justiça brasileira, especialmente a Justiça do Rio de Janeiro. Nós estamos muito felizes de estar com vocês aqui, com a companhia de vocês, o carinho de vocês. Muito obrigado a todos”, disse, agradecendo ao Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor, ao Trem do Corcovado e todos os apoiadores pela parceria.

O juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância, da Juventude e do Idoso (Cevij), ressaltou a relevância de não idealizar padrões para a adoção.

“Nossa ideia é trazer estas crianças e adolescentes para o convívio comunitário, apresentá-los a um ponto turístico maravilhoso e lembrar as pessoas da adoção real, com quem realmente existe, está para adoção e aguardado somente esse sinal de amor”, afirmou.

O padre Omar, reitor do Santuário, fez uma breve celebração no local, com oração e palavras de amor e esperança.

“O Cristo está há 91 anos de braços abertos, olhando pela cidade, sendo realmente um grande símbolo do nosso país, que comunica esperança, acolhimento, verdade e amor. Um evento que já está na sua terceira edição e que traz, sem dúvida nenhuma, um avanço na nossa conscientização em torno de um tema que é tão sensível. Sejam todos bem-vindos ao Cristo Redentor, é um dia tão bonito para podermos celebrar, Deus nos presenteou com uma manhã especial, que nossas crianças aqui sejam marcadas pela alegria e pela fé. Que toda a sociedade olhe com mais generosidade esse tema tão importante para todos nós”, afirmou.

“Desejo a vocês um dia de celebração de muita harmonia, muita alegria, estamos todos aqui muito felizes com a presença de vocês. Todo esse movimento, essa dedicação, é exclusivamente para vocês, que são o centro deste dia de hoje aqui no Cristo Redentor. Aproveitem”, disse o advogado Wagner nascimento, também apoiador da iniciativa, dirigindo-se às crianças e participantes da iniciativa.

Adoções realizadas  

A campanha Braços Abertos para Adoção vem ajudando na formação de novas famílias. A iniciativa vem chamando a atenção para a necessidade de acolhimento de crianças e adolescente que buscam um lar. Um dos exemplos é caso de Maria Beatriz, de 10 anos, e Thales, de 9. Os dois compareceram ao evento, mas já com uma grande conquista para comemorar: foram adotados há cerca de uma semana. Ela agora mora na Tijuca com os pais e uma irmã de 21 anos; ele tem nova residência no Andaraí com o carinho de pai e mãe. Ambos ficaram cerca de 1 ano e meio à espera de adoção.

Atualmente, no estado do Rio, existem 254 crianças disponíveis para adoção, de acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desse total, 83,1% são declaradas pardas ou pretas, a maioria é do sexo masculino (59,7%) e mais da metade tem mais de oito anos de idade. Compareceram ao evento cerca de 40 crianças e adolescentes de cinco a 17 anos.

Fonte: TJRJ

Macrodesafio - Garantia dos direitos fundamentais

Tags:
Compartilhe este arquivo