Cejusc promove novas edições de projetos que auxiliam partes processuais em fase de transformação familiar

Portal O Judiciário Redação

Os projetos buscam contribuir para evitar situações como a alienação parental; orientar sobre direitos e deveres e promover reflexões que ajudem as partes processuais a superar dificuldades inerentes ao fim da relação conjugal.


O Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc-Famílias) do Tribunal e Justiça do Amazonas (TJAM) promoveu na terça-feira (23/11) mais uma edição dos projetos “Oficina de Pais” e “Espaço Reflexivo para Pais e Mães em Processo de Divórcio”. As atividades desses projetos são realizadas presencialmente mas devido às medidas de prevenção à covid-19, têm sido organizadas em meio virtual, pela plataforma Google Meet

A “Oficina de Pais” acontece uma vez ao mês, das 9h às 11h e é conduzida pela equipe psicossocial (psicologia e serviço social) do Cejusc-Família. Na terça-feira, contou a participação de um grupo de 12 pessoas, que figuram como partes em processos ligados à Família. “As pessoas não são obrigadas a participar, mas é uma recomendação feita pelo magistrado Gildo Alves de Carvalho Filho, juiz coordenador do Cejusc-Família, pois é uma oportunidade para apresentar, explicar e discutir um pouco as informações gerais que são importantes para aqueles que estão passando por um processo numa Vara de Família”, informa a psicóloga do Cejusc-Família, Munique Pontes. 

Ela frisa que a “Oficina de Pais” – ou “Grupo de Parentalidade”- realizada pelo Cejusc-Família do TJAM é uma adaptação da política pública do Conselho Nacional de Justiça denominada “Oficina de Pais”. “Participamos de uma formação, em 2015, para atuarmos como facilitadores da oficina e de lá para cá foram feitas adaptações relacionadas ao contexto regional e também às atualizações científicas”, disse Munique.

Entre os assuntos abordados durante a atividade estão: guarda compartilhada – quais são os benefícios, quais são as dificuldades, o que que diz a lei; mitos e verdades relacionados à pensão alimentícia, à convivência entre pais, mães e filhos; bem-estar do ex-casal, dos filhos; o que é alienação parental; o que é importante perceber em caso dos filhos estarem alienados a um dos pais, como ajudar o filho e quais ferramentas podem ser utilizadas para reduzir o conflito.

“Passamos para eles informações gerais que, segundo os feedbacks que recebemos desde 2014, quando iniciamos o projeto, são muito importantes para as pessoas que estão entrando em processo. Elas podem entender melhor quais são seus direitos e deveres, o que pode auxiliar na redução ou resolução de um conflito, o que pode acentuar uma conflitiva e fazer com que fiquem mais exaustos e se percebam em uma confusão maior do que gostariam de estar”, explica a psicóloga. 

Processo de divórcio

A atividade “Espaço Reflexivo para Pais e Mães em Processo de Divórcio”,  conduzida pela equipe de psicologia da Cejusc-Familia, por sua vez, busca apresentar recursos reflexivos que podem ser trechos de filme, poemas, áudios de filhos que cederam a narrativa das suas histórias. “A gente usa esses recursos reflexivos com objetivo de disparar uma discussão, uma conversa, tornando o espaço, basicamente, de troca e de compartilhamento. São formados grupos de até 15 pessoas, que se encontram três vezes ao longo de duas semanas, das 8h30 às 10h30”, detalha Munique.

A atividade funciona como uma segunda fase da “Oficina de Parentalidade”. “As pessoas primeiro participam da oficina, o grupo de parentalidade, e quando elas fazem avaliação são convidadas a participar do espaço reflexivo. O espaço é para a pessoa falar coisas relacionadas ao processo de divórcio, aos sentimentos, às dificuldades relacionadas à separação da conjugalidade, da parentalidade, ao bem-estar dos filhos. As pessoas vão falar sobre suas estratégias e dificuldades na organização da vida após o divórcio. Também vão ouvir os outros e, falando sobre si e ouvindo o outro, vão conseguindo se reconhecer em algumas dificuldades, aprender algumas estratégias, entender outras perspectivas, pontos de vista diferentes do dela. Vão pensar aquilo que nunca haviam pensado, por isso o nome é Espaço Reflexivo”, informa a psicóloga.

Além dessas duas atividades, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos também possui um Atendimento Social, serviço disponibilizado na modalidade individual, para quem saiu do grupo de parentalidade. “Essas pessoas têm a opção também de pedir para ter um atendimento individual. A oficina funciona como porta de entrada e depois as pessoas podem ir para o espaço reflexivo e/ou ir para o atendimento social. Podem escolher um dos dois, os dois ou nenhum”, frisa Munique.





Sandra Bezerra

Fotos: Raphael Alves

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