O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) declarou que a solução dos problemas que afetam a BR-319 passa, necessariamente, por posturas comprometidas e objetivas. Do contrário, segundo ele, os amazonenses passarão mais uma década reivindicando e não chegarão a lugar algum.
“Essa situação não é de hoje e já passamos pelos mais diversos tipos de governo, com a mesma pauta de reivindicações para aquela estrada e nada, absolutamente nada, avançou. Nem mesmo duas secas históricas subsequentes, que isolaram o Estado de ligações hidroviárias, foram capazes de convencer as autoridades que são responsáveis por resolver o problema. Agora é hora de ir à raiz do problema e tomar atitudes impactantes e objetivas. Não estamos aqui para agradar ninguém, mas para resolver um problema. Um direito e uma solução que nos são negadas”, afirmou o parlamentar.
O deputado lidera um movimento popular chamado “Soluciona BR-319”, que realizou três caravanas à estrada durante a vazante, interagiu com autoridades locais e nacionais e denunciou o estado de letargia no trecho do Igapó Açu, uma travessia de balsa que estava sendo inviabilizada pela seca dos rios, tornando-se um dos principais gargalos de tráfego naquela rodovia federal.
“Sempre digo que, se tudo isso acontecesse na região Sudeste, ou Sul, já haveria sido solucionado. Infelizmente, a Amazônia é longe e invisível, ou silenciosa, para um número expressivo de brasileiros. Por isso, precisamos agir. Tenho proposto, desde o ano passado, Audiências Públicas da Assembleia Legislativa do Amazonas, convidando ministros de Estado e outras autoridades, ao longo daquela estrada. E quem sabe uma caravana subsequente até Brasília? Não podemos mais ser reativos. A estrada está quase intransitável devido às chuvas e assim ficará, se tivermos nova seca expressiva, em razão da ausência de pontes e de condições de segurança ao tráfego de veículos. O interesse é nosso, precisamos ir à luta”, enfatizou Dan Câmara.
O parlamentar lembrou as pontes dos rios Curuçá e Autaz Mirim, desmoronadas há dois anos e quatro meses e sem qualquer tipo de solução efetiva.
“Cinco pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas e sequer se apurou responsabilidades sobre isso. Os usuários da estrada nos dizem que muitas vezes alertaram a autoridade competente, a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que cuida das rodovias federais. Mas, nada foi feito, nem mesmo depois de perdermos cinco cidadãos. Isso não pode continuar assim. Temos que ousar ao nos defender”, finalizou.