Comandante Dan fala que gestores precisam mudar o entendimento sobre segurança pública

O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) usou do tempo de tribuna na sessão ordinária do parlamento desta quinta-feira (14/11), para pontuar questões sobre a condução das ações sobre segurança pública. Para ele, que é policial militar da reserva, as autoridades públicas, em todos os níveis e esferas, precisam romper com paradigmas e entender segurança pública a partir de uma nova ótica, para obtenção de resultados efetivos.

“A segurança pública está indo de mal a pior. Estamos correndo atrás de bandidos, sendo apenas reativos, enxugando gelo. Segurança pública não se faz apenas com a força policial. Mobilidade urbana, infraestrutura, trabalho e renda são ações preventivas e muito mais eficazes à segurança dos cidadãos”, afirmou o parlamentar.

Dan Câmara fez referência aos municípios, dizendo que eles precisam integrar o Sistema Único de Segurança Pública, mas com a correta noção do papel das cidades no contexto da ordem pública. Para ele, há visões distorcidas e que podem resultar em sobreposições de ação, gastos desnecessários e ineficácia.

“Vejo uma apologia ao armamento excessivo das guardas municipais, quando elas sequer têm a seleção e a qualificação necessária. A guarda civil metropolitana não é uma nova polícia militar, mas uma força complementar e pode ser muito eficiente, dentro de um planejamento proativo. Antecede a isso itens como uma boa iluminação pública, terminais de ônibus preparados para oferecer segurança e abrigo aos usuários, integração dos sistemas de monitoramento e controle e todas as ações de Defesa Social cabíveis”, declarou Câmara.

O deputado afirmou que o município precisa conversar com o Estado e que os centros de coordenação, comando e controle municipal e estadual devem interagir. Ele considera que sem uma ação integrada entre as diferentes esferas de poder não se obterá um resultado satisfatório.

“Falamos de segurança pública e não vejo ninguém lembrar que tudo precisa começar pelas fronteiras, portas de entrada das facções criminosas transnacionais e do narcotráfico. Para um efetivo controle da faixa de fronteira precisamos obrigatoriamente da participação da União e das Forças Armadas. Sem essa barreira à entrada do crime organizado, apenas permaneceremos enxugando gelo”, finalizou o Comandante.

         

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