Comissão da Mulher da Câmara entrega diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós

Portal O Judiciário Redação

A Comissão de Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados realizou, nesta segunda-feira (5), a premiação do diploma “Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”, destinado a mulheres que tenham contribuído para o exercício da cidadania e também na defesa dos direitos femininos.

A premiação, criada em 2003, faz parte da campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, realizada pela Câmara desde 2013. Com as cinco homenageadas deste ano, já são 55 mulheres premiadas.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Premiação foi entregue em sessão solene no Plenário da Câmara

Ao anunciar as homenageadas em discurso lido em Plenário, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), elogiou a médica Carlota Pereira de Queirós, que dá nome à premiação e foi a primeira mulher eleita deputada federal no Brasil.

Uma das homenageadas neste ano, por seus estudos sobre gênero, foi a socióloga Elaine Cristina Costa, diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas. Ela disse que a luta pelos direitos das mulheres é coletiva.

“Não se defendem direitos das mulheres sozinha, nós defendemos de mãos dadas, de mãos dadas com Tereza Nelma (PSD-AL), com Teka Nelma, sua filha, de mãos dadas com todas as mulheres, que inclusive fazem suas assessorias, aquelas que não estão na visibilidade, mas que são fundamentais para que toda a engrenagem caminhe e essa grande rede se torne realidade”, disse.

A promotora de Justiça Érica Verícia, outra homenageada, atua no projeto Guardiã Maria da Penha, que oferece medidas protetivas a mulheres vítimas de violência. Para ela, é preciso diminuir a desigualdade de gênero, e isso pode ser feito por meio de uma participação maior das mulheres, mas também dos homens, no enfrentamento à violência de gênero contra a mulher.

“Nenhuma mulher merece violência, estamos nos 21 dias de ativismo, e precisamos ser ativistas. [Pensar no que] nós podemos fazer de ação afirmativa, o que nós podemos falar na nossa família, nos espaços que ocupamos, na escola, sobre violência de gênero contra a mulher, o que a gente pode ensinar a meninos e meninas a não promoverem essa violência, a não apoiarem essa violência.”

A procuradora da Mulher da Câmara, deputada Tereza Nelma, comemorou que nos últimos anos as leis desenvolvidas e votadas na Câmara para as mulheres tenham aumentado.

“Nunca houve isso na história, em um mandato de quatro anos – 199 leis foram aprovadas para as mulheres. Isso é uma grande preocupação nossa: a rede de proteção da mulher. A gente se pergunta porque as mulheres continuam sendo mortas e espancadas, se há um arcabouço de leis tão necessárias já vigente no nosso País? É que nós precisamos ser mais vigilantes”, reforçou.

As outras homenageadas foram a fundadora do Movimento Mulheres Municipalistas, Dalva Paes, para dar mais voz às mulheres na política local; a comunicadora e ativista Muna Zeyn, que ajudou a instalar comitês contra a mortalidade materna em São Paulo; e Simone Franceska, policial militar, a única mulher a comandar um batalhão da Polícia Militar no Pará.

Reportagem – Maria Suzana Pereira
Edição – Ana Chalub

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