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Comissão de Proteção dos Animais da Aleam em conjunto com veterinários do Amazonas resgatam mais de 400 animais no Rio Grande do Sul

Após uma semana atuando em Canoas, no Rio Grande do Sul, a Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam) divulgou, nesta terça-feira (14/5), o número de animais resgatados das enchentes. Mais de 400 animais foram retirados dos telhados de casas, presos em residências afetadas e, até mesmo, de dentro da água.

Segundo a coordenadora da CPAMA, Jéssica Amorim, que também atua como advogada animalista, os membros da Comissão se dividiram em duas equipes. Ela explicou que um grupo interno atua no abrigo e outro externo realiza o resgate na água.

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Jéssica também detalhou como funciona o processo de atendimento dos animais, cães e gatos, que chegam desidratados e com sinais de hipotermia.

“Tem a equipe de resgate na água, nos locais mais afetados e a outra que fica no abrigo/hospital temporário, montado próximo à área de resgate. Foram mais de 400 animais. Quando um animal chega no abrigo, o veterinário faz a triagem, avalia e, se for necessário, medica o animal. Existe o trabalho de esquentar os bichos e, logo após isso, eles ficam à disposição para voltar ao tutor ou vão para o outro abrigo, onde é feita uma divulgação para tentar localizar o responsável”, explicou.

Presidida pela deputada estadual Joana Darc (UB), a Comissão de Proteção aos Animais da Aleam é a única das Assembleias do Brasil especializada em resgates técnicos de animais em desastres.

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A equipe conta com a ajuda de médicos veterinários voluntários do Amazonas.

Desastre natural do Brasil

Conforme o Atlas Digital de Desastre no Brasil, plataforma da Defesa Civil Nacional, o que acontece no RS, desde 27 de abril deste ano, pode ser considerado um dos maiores desastres naturais da história do país no século XXI.

Ainda segundo Jéssica, o ambiente é de extrema tristeza, pelas pessoas que perderam suas casas e, ainda, seus animais. A advogada conta que, de acordo com relatos de moradores, a quantidade de água subiu rápido demais, o que impediu o retorno para buscar seus pets.

“Um detalhe em relação a isso, as pessoas não queriam ter abandonado seus bichinhos, mas tiveram, porque realmente não deu tempo de tirar. A água subiu muito rápido e, com isso, os moradores que tinham cerca de 10 animais, não conseguiram tirar todos, pois era impossível. A tragédia foi grande e os acontecimentos foram muito rápidos”, pontuou.

Balanço das enchentes

Conforme a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 450 municípios estão alagados e mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas no Estado. O número de pessoas desalojadas ultrapassa a marca de meio milhão, com 147 óbitos confirmados e 125 pessoas desaparecidas. Além disso, 11 mil animais já foram resgatados em várias regiões do RS.

         

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