, que é pago com atraso e não é incorporado à aposentadoria”, concluiu.
O deputado Comandante Dan (Podemos), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), utilizou a tribuna do Legislativo para divulgar o “Mapa da Segurança Pública 2024 – ano base 2023”, disponível no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O estudo aponta que Manaus é a terceira cidade com maior número de homicídios dolosos no país em 2023, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e Salvador. No entanto, quando considerada a proporção em relação à população, Manaus ocupa o primeiro lugar, com 41,9 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes.
O parlamentar ressaltou que o documento é uma referência importante, produzido e distribuído pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, e que não pode ser ignorado. Ele destacou que, ao analisar os dados, é possível observar que o Amazonas ocupa o sexto lugar em taxa de homicídios dolosos (31,79 por 100 mil habitantes), mas Manaus é a primeira colocada, o que deve direcionar as ações e prioridades estratégicas da segurança pública. Enquanto a capital registrou 866 crimes, o interior teve 387.
O “Mapa da Segurança Pública 2024 – ano base 2023” também aponta que Manaus é a cidade com maior número absoluto de lesões corporais seguidas de morte no Brasil, além de liderar em latrocínios (roubos seguidos de morte), ser a sexta em feminicídios e a oitava em mortes no trânsito ou decorrentes dele. O Estado do Amazonas também aparece em quarto lugar em taxa de lesões corporais seguidas de morte e em latrocínios.
O deputado Dan Câmara enfatizou que os números mostram que o Amazonas está enfrentando uma crise e perdendo espaço para o crime organizado. Ele defendeu a adoção de um plano emergencial para combater a violência, que envolva todas as esferas de poder e inclua medidas como a contratação de concursados, chamamento do cadastro reserva e reconvocação de policiais da reserva aptos ao serviço. Além disso, ele ressaltou a importância do uso das forças armadas na faixa de fronteira e na calha do Solimões, principal rota do narcotráfico e da pirataria dos rios.
O parlamentar também defendeu um esforço financeiro e fiscal do governo para o pagamento da data-base das forças de segurança. Ele ressaltou que é cruel exigir um bom desempenho de profissionais que não recebem a reposição de perdas salariais há quatro anos, e que o atraso no pagamento do SEG (Serviço Extra Gratificado), que não é incorporado à aposentadoria, também é prejudicial.
