O deputado Comandante Dan (Podemos), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), chamou a atenção para a crescente violência em Manaus. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no “Mapa da Segurança Pública 2024 – ano base 2023”, a capital do Amazonas ocupa o terceiro lugar entre os dez municípios com maior número de homicídios dolosos no país em 2023. O Rio de Janeiro lidera a lista com 1.118 vítimas, seguido por Salvador com 986. Manaus registrou 866 vítimas de homicídio. No entanto, o deputado ressaltou que esses números são absolutos e, se considerarmos a população de cada município, Manaus ocupa o primeiro lugar no país em taxa de homicídios dolosos, com 41,9 para cada 100 mil habitantes, seguida por Salvador (40,8/100 mil) e Rio de Janeiro (18/100 mil). “Apesar da redução de 5% nos homicídios intencionais no Amazonas de 2022 para 2023, ainda somos a capital com o maior número de homicídios”, declarou o parlamentar. Dan Câmara também apontou que Manaus lidera o “Mapa da Segurança Pública 2024 – ano base 2023” como a cidade com o maior número de lesões corporais seguidas de morte no Brasil, a primeira em roubos seguidos de morte e a oitava em mortes no trânsito ou decorrentes dele. O deputado reconheceu os esforços das forças de segurança do Amazonas, mas acredita que os números ainda estão muito acima da média nacional, especialmente na capital, que abriga metade da população do estado. “Não podemos depender apenas de operações especiais e apreensões de drogas e armas. É necessário um plano emergencial, seguido de uma política pública bem estruturada entre o estado, a união e os municípios para uma redução efetiva da violência. Apesar de apreendermos cada vez mais drogas e armas ilegais, isso significa que somos ineficazes e ineficientes em impedir sua entrada no Amazonas, já que a maioria entra pela tríplice fronteira”, explicou. O “Mapa da Segurança Pública 2024” também apresenta números preocupantes para o estado, que ocupa o quarto lugar em taxa de lesões corporais seguidas de morte e o quarto em taxa de roubos seguidos de morte, com base em 2023. “Com uma tropa de apenas oito mil policiais militares, quando o ideal seriam 15 mil, e com as forças de segurança sem receber reajuste salarial há quatro anos, precisamos de um pacto em prol da ordem pública, envolvendo todas as esferas de poder, desde o governo federal até os municípios. Insisto que, sem o reforço das forças armadas no policiamento da faixa de fronteira, estaremos apenas enxugando gelo”, concluiu.