A deputada estadual Mayra Dias (Avante) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na quinta-feira (10/10), para evidenciar a situação precária em que se encontra a saúde pública do Estado do Amazonas. Em seu discurso, ela destacou dois problemas críticos: o atraso no pagamento dos profissionais da saúde e a falta de equipamentos essenciais no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto.
Segundo a deputada, mais uma vez, os profissionais de saúde de unidades como os Hospitais 28 de Agosto, Platão Araújo, Joãozinho e o Hospital da Criança da zona Sul estão sem receber seus salários dos meses de agosto e setembro. Ao todo, 103 profissionais, que se dedicam diariamente ao cuidado da população, enfrentam a indignidade de não receber pelo seu trabalho.
“O Governo do Estado não paga a empresa Manaus Diagnósticos Médicos de Apoio à Gestão de Saúde LTDA (MADIM), o que compromete diretamente o funcionamento da saúde pública. Não é possível oferecer um atendimento de qualidade quando aqueles que sustentam o sistema não têm segurança financeira de receber em dia”, ressaltou Mayra Dias.
O parlamentar pediu a criação de um cronograma regular de pagamentos, que garanta pontualidade e transparência nos repasses. Além disso, cobrou que a saúde seja priorizada no orçamento estadual, para evitar que situações como essa continuem ocorrendo.
28 de Agosto
Além dos atrasos salariais, Mayra Dias também chamou atenção às deficiências na estrutura do Hospital 28 de Agosto. De acordo com ela o aparelho de raio-x portátil, essencial para o atendimento de emergência, está quebrado há meses. “Essa falha compromete a qualidade do atendimento e coloca vidas em risco”, anunciou a deputada.
Dias apresentou requerimento formal à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), solicitando medidas imediatas para peças de equipamento e garantia de insumos básicos para UTI do hospital. “Não podemos mais tolerar que vidas sejam colocadas em risco por negligência ou falta de investimento adequado. A saúde pública do Amazonas clama por socorro”, concluiu Mayra Dias.